Assim que terminou a entrevista ao Gaúcha Atualidade, na terça-feira, na qual defendeu com veemência a ampliação do Aeroporto Salgado Filho, o prefeito José Fortunati recebeu um telefonema do ministro da Avuiação Civil, Eliseu Padilha. Os dois estão em lados opostos: Padilha defende a construção do Aeroporto 20 de Setembro, em Nova Santa Rita ou Portão, com o argumento de que, mesmo com as ampliações, o Salgado Filho estará obsoleto em cerca de 10 anos.
Leia as últimas notícias de Zero Hora
Leia as últimas notícias de Política
A discussão incendiou o Estado, dividido entre os que defendem o investimento na ampliação da pista do Salgado Filho e os que consideram necessário pensar no crescimento do Estado a médio e longo prazo e imaginam o 20 de Setembro como um complexo para receber aviões de grande porte, de cargas e de passageiros, sem as limitações do atual.
Na própria bancada do PMDB na Assembleia, a proposta de Padilha não tem consenso. No dia em que foi apresentada, parte dos deputados avisou que o Estado não pode abrir mão da ampliação da pista e do terminal de passageiros do Salgado Filho.
A distância (25 quilômetros) é o principal motivo da rejeição do novo projeto por parte dos usuários que, como Fortunati, lembram a comodidade de embarcar e desembarcar perto do Centro de Porto Alegre. Outra dúvida é se haverá demanda para um aeroporto internacional e um doméstico na Região Metropolitana.
Em meio à polêmica, apareceram sugestões como transferir a base aérea de Canoas para Santa Maria e usar a estrutura como complementar ao Salgado Filho. Padilha defende a concessão casada da operação do Salgado Filho com a construção do 20 de Setembro e usa o exemplo da ampliação Aeroporto de Brasília para sustentar que a obra pode ser executada em quatro ou cinco anos.
Opinião
Rosane de Oliveira: impasse no projeto do aeroporto
Confira o destaque da coluna Política+ desta quarta-feira
GZH faz parte do The Trust Project