Charlie Hebdo, a revista satírica francesa que foi alvo de ataque terrorista nesta quarta-feira, já havia sido alvo de atentados. A publicação teve a sede em Paris destruída por um incêndio criminoso em novembro de 2011 após lançar uma edição especial com uma charge do profeta Maomé na capa.
No episódio, ninguém ficou ferido e outros jornais e revistas ofereceram asilo à redação do semanário. À época, o ataque foi diretamente vinculado à charge que "celebrava a vitória" do partido islamita Ennahda nas eleições na Tunísia e que dava o título de "Charia Hebdo" ao profeta Maomé (em alusão a sharia, a lei islâmica). No atentado de hoje, 12 pessoas morreram e pelo menos outras cinco ficaram feridas em estado grave após homens encapuzados invadirem a sede da revista.
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Conforme o jornal Folha de S. Paulo, o site da Charlie Hebdo foi atacado ontem por piratas - invasão que coincidiu com a publicação de uma história em quadrinhos sobre Maomé. Em entrevista à Folha, um funcionário que não quis se identificar disse que o site sofreu uma série de tentativas de invasão e que acabou fora do ar por "algum tempo".
Fundado em 1969, o semanário se apresenta como um "jornal irresponsável".
Vídeo mostra terroristas executando policial na saída da sede:
Confira imagens do local do atentado desta quarta-feira:
*Zero Hora com agências