O escritor francês Michel Houellebecq, autor do polêmico livro "Soumission", acusado por seus críticos de veicular a islamofobia, declarou emocionado que "sim, eu sou Charlie", em entrevista gravada na quinta-feira passada, um dia após o ataque ao jornal satírico parisiense.
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Na entrevista concedida ao Canal+, Houellebecq - sob forte emoção - revelou que "é a primeira vez na minha vida que alguém que conheço é assassinado". O escritor ficou profundamente abalado pela morte do amigo e economista de esquerda Bernard Maris, 68 anos, uma das 12 vítimas do atentado contra o jornal satírico parisiense, e revelou ao Canal+ que decidiu sair de Paris.
Maris, economista de esquerda, admirava Houellebecq profundamente, vendo nele um analista lúcido do liberalismo. A admiração era tanta que chegou a lhe dedicar a obra "Houellebecq economista", publicada no ano passado.
No dia do atentado, a capa do "Charlie Hebdo" mostrava, justamente, uma charge de Michel Houellebecq, além de dedicar várias páginas a "Soumission", que conta a história de uma França governada por um partido muçulmano em 2022.
Após o ataque ao jornal, Houellebecq suspendeu imediatamente a promoção de "Soumission".
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Após o ataque ao jornal, Houellebecq suspendeu imediatamente a promoção de "Soumission"
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