Irmão de jovem morto no México está em hotel esperando para voltar ao Brasil

Escolhido pela família de Dealberto Jorge da Silva, jovem catarinense morto em Playa del Carmen, no México, como porta-voz oficial, o advogado Juliano Girolla, voltou a falar com a reportagem de "A Notícia" na tarde desta terça-feira. Ele respondeu sobre pontos que continuam em aberto na história que envolve os irmãos Silva.

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Paradeiro de Fernando

Juliano Girolla contou que Fernando Luis da Silva, 33 anos, irmão de Dealberto, voltou a ligar para a família nesta terça-feira e acalmou os pais. O advogado desmentiu os boatos de que o jovem já estaria a caminho do Brasil, mas insistiu que ele está em um local seguro.

-Ele está em um hotel e já está com o passaporte [no dia da morte de Dealberto, ele estaria com o documento do irmão]. Trazer o Fernando de volta é uma prioridade e estamos fazendo de tudo para que isso aconteça o antes possível, mas ainda não temos previsão exata de quando isso deve ocorrer. O mesmo acontece em relação ao corpo de Dealberto.

Envolvimento com drogas

Desde domingo, mensagens divulgadas por amigos de Dealberto e Fernando levantavam a hipótese de os irmãos terem feito o uso de drogas durante o sábado. Para Girolla, a hipótese surgiu a partir de um dos áudios divulgados entre amigos e conhecidos pelo WhatsApp, no qual Dealberto diz estar correndo risco de ser sequestrado.

-- Não tem nada a ver. Eles são pessoas de bem, muito trabalhadores. Não teriam motivo para ter envolvimento com pessoas que mexem com drogas- disse.

A "russa"

No fim da tarde desta terça-feira, o site da revista Veja publicou uma entrevista com Ekaterina Vasileva, 35 anos. Ela seria a russa citada por Dealberto no áudio ao qual Girolla se refere.

Ekaterina afirmou que usou ecstasy e álcool com os irmãos na sexta-feira e que ficou com eles até as 15 horas de sábado. Ela disse ainda não saber o que motivou Dealberto a se sentir ameaçado por ela e acredita que isso tenha sido efeito de drogas.

Sobre a mulher que Dealberto chamavam de russa nas mensagens, Girolla afirmou se tratar de uma garota que eles conheceram na noite anterior a morte do jovem.

-Eles se conheceram em uma balada. Não tem nada a ver as histórias que estão falando. Os dois estavam solteiros. Foi coisa daquela noite. A polícia não descobriu nenhum envolvimento dela com a morte. Acho que ela foi ouvida, assim como outras testemunhas. Não tenho acesso ao relatório completo da investigação.

Futuro das investigações

O porta-voz da família informou que os pais de Dealberto e Fernando continuam muito abalados e diz que ainda não definiram se vão continuar as investigações sobre o que ocorreu.

-Ainda não sabemos nada em relação ao futuro. Acho que não faremos nada. Queremos ter o Fernando de volta. Bem. E dar ao Dealberto a despedida que ele merece.


Ouça o áudio recebido pelos amigos do catarinense: