Dois dos suspeitos do ataque ao jornal Charlie Hebdo, possivelmente os irmãos que eram procurados pela polícia desde a manhã de quarta, foram localizados no norte da França na manhã desta quinta-feira, informou a AFP. O terceiro suspeito, Hamyd Murad, um jovem de 18 anos, se entregou à polícia na madrugada desta quinta.
Conforme informaram fontes próximas da investigação, os irmãos franceses Said Kuachi, 34, e Cherif Kuachi, 32, um jihadista conhecido pelos serviços antiterroristas, foram vistos circulando em um Clio cinza, com armas de guerra.
O francês Cherif Kuachi foi condenado, em 2008, por participar de uma rede de recrutamento de combatentes para o Iraque. Kuachi integrava a chamada "rede de Buttes-Chaumont", encarregada de enviar jihadistas para combater no braço iraquiano da Al-Qaeda.
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Detido pouco antes de viajar à Síria, Cherif foi julgado em 2008 e condenado a três anos de prisão. Dois meses depois, seu nome apareceu em um plano de fuga da prisão do combatente islâmico Smain Ait Ali Belkacem, membro do Grupo Islâmico Armado Argelino (GIA) - condenado em 2002 à prisão perpétua pelo atentado que deixou 30 feridos na estação Museu de Orsay de Paris, em outubro de 1995. Kuachi ainda era suspeito de ser ligado a outra figura do islã radical francês, Djamel Beghal, que cumpriu dez anos de prisão por preparar atentados, com quem teria treinado.
Sete suspeitos são detidos
A polícia deteve sete pessoas ligadas aos três suspeitos durante a madrugada. Uma grande operação foi realizada na cidade de Reims, no nordeste da França. Segundo o jornal Le Monde, a caçada aos suspeitos envolve mais de três mil policiais. Um policial confirmou que os irmãos estão "fortemente armados". O trio teria sido identificado por uma carteira de identidade encontrada no veículo abandonado após o ataque à redação do semanário.
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* AFP