Moradores do Bairro Alegria, em Guaíba, protestaram na manhã desta segunda-feira (10) contra problemas no trânsito da região e também contra suspostos problemas ambientais na Celulose Riograndense. Eles reclamam que a circulação de veículos no entorno da empresa - que passa por obras de ampliação - é ruim por conta dos ônibus que levam os trabalhadores para o local. Também afirmam que a prefeitura não realiza o controle do tráfego no bairro. No protesto desta manhã, moradores bloquearam o acesso da Avenida Liberdade, o que gerou congestionamento também na Avenida Adão Foques, vizinha ao complexo.
A população ainda questiona a presença de partículas no ar que, segundo eles, afeta a saúde de crianças e idosos. Os moradores avaliam a possibilidades de novos protestos nos próximos dias caso as reivindicações não sejam atendidas.
Prefeito diz que grandes obras causam transtornos
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (10), o prefeito de Guaíba, Henrique Tavares, explicou que é impossível resolver todos esses problemas com uma obra deste tamanho.
"Fizemos trabalho grande em parceria com a empresa com investimento de R$ 40 milhões, mas é claro que esse acesso fica complicado", afirmou. Tavares garantiu que fiscais de trânsito têm ido pela manhã, nos horários mais críticos, aos locais afetados pela obra. Agora, a prefeitura está colocando fiscais também em outros horários.
Obra reúne 8,5 mil trabalhadores
Já a Celulose Riograndende reconhece os transtornos ao trânsito, mas avalia que o problema irá acabar logo. Segundo o diretor de Relações Institucionais, a obra de ampliação está na etapa de pico, com a presença de 8,5 mil trabalhadores no complexo. O fim do pico está previsto para janeiro. A respeito das partículas no ar, Francisco Bueno afirma que a emissão do material é monitorada pela Fepam.
"Temos uma estação de tratamento do ar, que a Fepam nos colocou como condicionante. O órgão tem todas as nossas emissões e não temos observado nada de anormal. Até porque, se ultrapassarmos os parâmetros, receberemos multa", afirma o diretor.
A empresa alega ainda que os relatórios de monitoramento da qualidade do ar são públicos. O material está disponível na internet.