O Tribunal de Justiça de Minas Gerais rejeitou nesta terça-feira (4) dois pedidos dos advogados do goleiro Bruno para revisão de sua pena e a possibilidade dele defender o time do Montes Claros. O ex-goleiro do Flamengo foi condenado a mais de 22 anos de prisão por envolvimento na morte de sua ex-mulher, Eliza Samúdio.
O Juiz de Direito Substituto, Famblo Santos Costa, negou a redução de pena pelo fato do goleiro ter sido condenado apenas em junho deste ano. "Diferentemente do alegado, o redução não atingiu um dos requisitos objetivos do art. 37, pois não cumpriu pelo menos 1/6 (um sexto) da sua pena", declarou.
Sobre o pedido dos advogados de Bruno de o goleiro voltar a atuar como jogador de futebol, o juiz separou em três argumentos sua negativa. "Primeiro porque o trabalho que deseja realizar é incompatível com o cumprimento de pena em regime fechado", alegou Costa citando as atividades de um atleta profissional como as competições que o Montes Claros irá disputar. Em segundo lugar, o magistrado cita a parte física de um goleiro. "Além disso, é da sabedoria popular que um atleta profissional do futebol deverá participar, ainda, de treinamentos físicos e técnicos exigidos pelo Clube".
Por fim, o juiz considerou que a permissão exigiria uma estrutura especial por parte da Penitenciária de Francisco Sá, onde Bruno está preso. "(a prisão) teria de dispor de veículos e Agente Penitenciários, diariamente, para manter as cautelas contra fuga e em favor da disciplina", defendeu.