Na Semana Nacional de Doação de Órgãos, os dados sobre negativas familiares para a realização do procedimento chamam atenção no Estado. De acordo com a Central de Transplantes, 48% das famílias, após entrevistadas, se recusaram a doar os órgãos de seus familiares que tiveram morte encefálica.
Nas negativas, as famílias apresentam diferentes motivos. O principal deles é uma alegação dos familiares de que a pessoa não havia se declarado como doadora, em vida (46%). Outro percentual de famílias não doa porque acredita que isso poderá atrasar a liberação do corpo (12,8%). Há ainda aqueles que temem pela integridade do corpo do familiar que já morreu (7,2%). Motivos religiosos representam 4,8%.
RS tem mais de mil pessoas na fila, à espera da doação de órgãos
O Rio Grande do Sul tem 1.378 pessoas à espera de um transplante. A maior fila é para transplante de rim, onde quase mil pacientes aguardam para que possam ter um rim transplantado (968). Os dados são da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul.
Do início do ano até agora, a lista de espera quase dobrou para os pacientes que precisam de um novo coração. No início de 2014, 13 pessoas esperavam por um transplante deste órgão. Em agosto, o número saltou para 21.
Há ainda 71 pessoas na fila de espera por transplante de córnea; 152 na espera por transplante de fígado e 71 na fila de espera por um pulmão. A espera por transplante de medula óssea tem 95 pessoas.
Queda do número de transplantes sobre 2013
O número de transplantes realizados diminuiu nos primeiros meses do ano, em diversos tipos de procedimento, em relação ao mesmo período de 2013.
De janeiro a agosto do ano passafo foram 572 transplantes de córnea. Em 2014, esse número caiu para 450. Quanto ao transplante de pulmão, o número reduziu quase à metade: de 11 para 6. Redução também nos transplantes de fígado: foram 78 de janeiro a agosto de 2013; em 2014, o número reduziu para 65. No transplante de rim, o número reduziu de 199 para 176.
Distribuição % dos motivos das recusas familiares à doação no RS: