Após reportagem da Gaúcha revelando supostas irregularidades na distribuição de bolsas na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o Ministério da Educação informou que irá acompanhar as providências que a universidade vai tomar sobre o tema. A Controladoria Geral da União prevê uma auditoria especial na universidade a partir da metade do mês de setembro.
E ainda há outros desdobramentos: o Ministério Público Federal, que já disse que irá pedir devolução dos valores das bolsas, convocou o reitor Mauro Del Pino para depor. A suspeita é de que pessoas próximas ao reitor recebiam bolsas de estudo.
Um dos caso é o de um servente de limpeza que ganhou R$ 12 mil para projeto de vitivinicultura. Ou um doutorando em educação que trabalhava em pesquisa de inspeção agropecuária.
Um dos pontos que chamou a atenção dos órgãos de fiscalização foi de que funcionários das fundações de apoio estavam recebendo auxílio. Ou seja, os trabalhadores das entidades que manejam o dinheiro público estavam sendo os próprios beneficiados.
Foi o caso do presidente das fundações, Cristiano Guedes Pinheiro e a gerente, Priscila Monteiro Chaves. Os dois relatam que as funções de pesquisador e funcionário das fundações são compatíveis e não estariam cometendo ilegalidades. Cristiano foi afastado do cargo enquanto a UFPel abre sindicância.
Uma coletiva de imprensa da UFPel foi marcada para amanhã (4) para tratar sobre o tema.