
O Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP) está com 7,3 mil perícias atrasadas, ou que deixaram de ser realizadas por falta de profissionais especializados. Em abril deste ano, o número era de aproximadamente 3 mil perícias em atraso. Segundo o instituto, o trabalho pendente refere-se a 12 seções que emitem laudos. O de balística - responsável por elucidar crimes como homicídios e latrocínios - é um dos mais afetados pelas mudanças provisórias no IGP.
O órgão, que antes funcionava na Avenida Princesa Isabel, agora está dividido em diferentes prédios do governo estadual porque a estrutura do antigo local não era adequada para o funcionamento. O problema é que o espaço ficou pequeno e funciona de maneira improvisada.
Outro fator que atrasa a realização das perícias é a defasagem de funcionários. De acordo com o IGP, em algumas seções não há profissionais especializados para realização das tarefas. Há um concurso em elaboração com previsão de realização em 2015, que deverá suprir as necessidades atuais de servidores.
Para amenizar o número de laudos que não foram emitidos, os profissionais fazem horas-extras. Com instalações provisórias, um novo local foi escolhido para receber o Departamento de Criminalística. O prédio possui uma área de aproximadamente 4 mil metros quadrados, o dobro do antigo prédio. Falta apenas a publicação no Diário Oficial da União.
Segundo Paulo Leonel, supervisor técnico do órgão, um dos crimes que mais cresceu e que também tem perícias atrasadas foi o cibernético. Ele explica que no último concurso, não foi feita a previsão de contratação de técnicos especializados nesse tipo de crime. Para o próximo concurso, está prevista a contratação de especialistas nessa área.