A Procuradoria-Geral do Município (PGM) possui, atualmente, 26 ações ajuizadas no Judiciário gaúcho pedindo a reintegração de posse das áreas ocupadas irregularmente por famílias sem-teto em Porto Alegre. No entanto, terrenos privados também são alvos de pessoas que não têm onde morar.
Desde a última sexta-feira (4), dezenas de famílias começaram a montar barracos no terreno que pertencia ao Grupo Avipal, na esquina das avenidas Cavalhada com João Salomoni, no bairro Cavalhada. O mesmo ocorre na Zona Norte da Capital, onde cerca de 200 famílias ocupam ilegalmente um terreno privado na região conhecida como Recanto do Chimarrão, no bairro Sarandi.
Na Restinga, extremo sul de Porto Alegre, centenas de barracos foram montados sobre uma área de 86 hectares que pertence à empresa Perdigão. O local, localizado na Estrada do Rincão, foi ocupado há cerca de 2 meses porque moradores da região, inicialmente, protestaram contra o descarte irregular de caliças no terreno. Em seguida, a área passou a receber pessoas sem-teto e que permanecem até então na propriedade, como destaca o organizador da ocupação, Erlei Adriano Quadros Motta:
"Decorrido, aí, o tempo que nós já estamos aqui na área, formamos uma comissão e ocupamos a área cedendo aí para pessoas que fogem do aluguel, pessoas que não têm onde morar. Até, inclusive, tem um pessoal morando aqui em área de risco e que estavam na frente pela proibição do lixo", ressalta.
Gaúcha
Porto Alegre tem 26 terrenos públicos ocupados ilegalmente por famílias sem-teto
Pelo menos três áreas privadas também são alvo de ocupações
Cristiano Goulart
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