Casas destruídas pela enchente e a demora para baixar o nível do Rio Uruguai impedem que as pessoas atingidas pelas inundações no Estado retornem para casa. A Fronteira Oeste é a região mais afetada. Em São Borja, há 150 desabrigados e 450 desalojados.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil de São Borja, Elcio Carvalho, o nível do Rio Uruguai está somente um metro acima do normal, mas os moradores não podem retornar para as residências devido aos estragos causados pela cheia.
"Infelizmente essa tendência de mais de 500 pessoas desabrigadas e desalojadas em São Borja vai perdurar, em virtude de que muitos moradores ao retornarem para as suas casas constataram que elas não exstem mais. Não há mais resquícios dessas casas que foram, literalmente, levadas pelo rio. Já outras residências tiveram suas estruturas danificadas: paredes quebradas e telhados destruídos", exlicou Carvalho.
Já em Uruguaiana, o nível do rio ainda não está estabilizado. São mais de 6 mil pessoas em abrigos públicos e na casa de parentes ou amigos. Segundo a Defesa Civil do município, se não chover nos próximos dias e o nível das águas continuar baixando, a expectativa é que até o próximo sábado (19) reduza em 80% o número de desabrigados e desalojados.
Além disso, mesmo nas áreas que já foram descobertas pelas águas do rio, é necessária uma vistoria da Defesa Civil e da prefeitura para garantir que não há danos estrurais nas residências e também uma faxina devido ao acúmulo de lixo e lodo. Conforme balanço divulgado na manhã deste domingo (13), em todo o Estado são mais 14 mil desabrigados e desalojados.