


A Unidade de Saúde da Família Cruzeiro do Sul, na zona sul da Capital, mantém atendimento a pacientes, mas com as portas fechadas. Quem chega ao local, deve bater palmas para chamar a atenção da portaria. Para entrar, é preciso passar por uma grade e uma porta de ferro. O bairro foi palco de um intenso tiroteio na tarde de terça-feira (23) e há informações de que um novo confronto de tanques ocorreria hoje.
"Moro há 20 anos aqui e nunca vi esse lugar tão perigoso", relata uma funcionária da unidade. O policiamento foi reforçado na região e rondas periódicas serão intensificadas, principalmente à tarde.
Postão
O Postão da Cruzeiro mantém as portas abertas, mas também há medo por parte dos funcionários. No último sábado (19), no Pronto Atendimento 24 Horas do bairro, dois homens baleados foram levados para atendimento por amigos que ameaçaram a equipe médica.
"Vieram com o carro até a porta de entrada e disseram que alguma coisa poderia acontecer caso as vidas não fossem salvas", relata o diretor da instituição, Jorge Luiz Osório. Ele afirma que esse é o segundo caso semelhante em seis meses. Os funcionários temem que integrantes de gangues invadam o local para acerto de contas.
Devido à situação, Osório encaminhará um ofício à Brigada Militar solicitando uma reunião para discutir o caso. Ele pedirá que a presença policial seja intensificada na região.
Atendimentos
Apesar do medo e de portas fechadas, todos os postos de atendimento em saúde da Vila Cruzeiro estão atendendo pacientes.