Uma manifestação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na BR-116, na região do Retiro, em Pelotas, deixou quatro cabines de uma praça de pedágio da Ecosul totalmente depredadas na tarde desta quarta-feira.
O protesto seria contra o contrato de concessão da empresa e começou pouco antes das 16h com a chegada de pelo menos quatro ônibus do movimento. Em instantes, os integrantes teriam aberto cancelas, quebrado câmeras de seguranças e arrancado fios elétricos da praça, conforme informou o departamento de comunicação da Ecosul.
Por volta das 16h20min, um grupo de mascarados teria surgido entre os manifestantes e incendiado as cabines com o lançamento de coquetéis molotov. O efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que acompanhava a mobilização prendeu os vândalos após acompanhar dois dos ônibus, com cerca de 80 pessoas. Todos foram encaminhados à delegacia.
VÍDEO: Veja o momento em que as chamas consomem as cabines
Lá, todos foram identificados e fotografados pela polícia, que quis se certificar que nenhum deles se tratava de um fugitivo ou tinha débitos com a Justiça. No ônibus, segundo a Polícia Civil, foram apreendidos pedaços de madeira, garrafas de cachaça vazias, dois tubos de dois litros com gasolina, um bastão de madeira e um dvd com imagens de manifestações. Os ônibus tinham placas de Piratini e Pinheiro Machado.
Ao final, todos foram liberados. A polícia vai tentar confrontar imagens do momento da manifestação no pedágio com as vestes dos participantes registradas na delegacia. Em um primeiro momento, não foi possível identificar líderes ou possíveis autores do vandalismo. A advogada da Ecosul declarou que eles estavam se manifestando pacificamente e, de repente, apareceram 15 pessoas mascaradas que passaram a promover desordem e dano no pedágio. A polícia também informou que identificou pelo menos nove carros que estaria dando suporte ao grupo.
Por volta das 18h30min, o trânsito já estava reestabelecido na região. Em nota à imprensa, a Ecosul afirmou que nenhum de seus funcionário sofreu lesões corporais e que "respeita o direito da livre manifestação, mas repudia veementemente qualquer tipo de depredação".
Cancelas ficaram totalmente destruídas - Foto: Ecosul - Reprodução