"Foi horrível. É uma sensação única, que não aconteceu comigo antes e espero que nunca aconteça. Vou ficar cada vez mais atento no trânsito". Essa foi a lição que o técnico de qualidade Sandro Miranda, apaixonado por carros, tirou das três voltas que deu no simulador de capotagem na tarde deste sábado, na 2ª edição do SuperCarros, em Nova Santa Rita.
A experiência de virar de cabeça para baixo, preso apenas com um cinto de segurança comum, está disponível aos visitantes até este domingo no Autódromo Internacional do Velopark. Segundo o instrutor Cícero Ramião, o equipamento mostra qual é a importância e eficiência do cinto na hora do desespero.
- Qualquer movimento brusco que você fizer dentro do veículo, ele (cinto de segurança) trava. É chamado de cinto retrátil, ou três pontos - explica.
Ao lado do brinquedo, é possível conferir o simulador de alcoolismo. A máquina funciona como um fliperama, se não fossem os "problemas" causado por um suposto alcoolismo do condutor. Quem começa dirigindo, não imagina que na segunda volta da corrida a visão do piloto embaça e os movimentos do carro se tornam mais lentos. O pequeno Mateus José Toppel, 10 anos, veio de Curitiba (PR) para participar das atrações do evento e acabou se surpreendendo com a brincadeira.
- Nossa! Foi muito ruim. Eu achei que tinha alguma coisa estranha acontecendo, pois não era como os carros que dirijo no vídeo game - espantou-se.
Ao ser informado sobre a diferença da primeira volta, que o condutor está "sóbrio", e a segunda, que demonstra uma ideia de embriaguez, Mateus foi convicto na afirmação.
- Eu nunca vou querer beber. Não consigo controlar o carro - disse.
Apesar das atividades de prevenção no trânsito oferecidas pelo Detran, o Velopark também tem velocidade e adrenalina. No piloto ou na carona de uma Ferrari, Porsche, Lamborghini ou outros 20 modelos, a emoção vai as alturas quando os carrões chegam a "voar" a mais de 100 km/h na pista.
A máquina é tão veloz que o público não consegue ver quando ela atravessa o autódromo. Porém, uma delas não teve como passar despercebida. Aos gritos, milhares de pessoas ovacionaram o maior BigFoot do Brasil, que destruiu carcaças de veículos em apenas dez segundos.
- Parece pequeninha, mas pesa 7,2 mil kg, tem 5,40 metros de comprimento e 3,66 metros de altura. No Rio de Janeiro já passei com ela por cima de acrobatas. É uma sensação de adrenalina e coragem - explica o responsável técnico, José Honório Raimundo, que demorou dois anos e meio para montar a máquina.
A analista de suporte Thaís Carrão - com sobrenome que faz jus ao seu hobby - e o marido Cristiano Grando puderam conferir bem de pertinho a emoção de andar dentro do veículo. Pela promoção da Petrobrás, o casal foi selecionado para ficar dentro do BigFoot durante a demolição.
- A gente deu uma "puladinha" dentro do carro, mas valeu muito a pena. Adoramos amassar essas carcaças - disse Thaís, que coincidentemente é conhecida como "Big Car".
25 mil pessoas são esperadas até este domingo. Para conferir as mais de 30 atrações, os ingressos estão a venda no local por R$ 30 (prata) e R$ 100 (ouro), com tickets à parte.
Programe-se
Local: Autódromo Internacional do Velopark (BR-386, 10.000, em Nova Santa Rita) Data: Domingo, das 9h às 19h.
Classificação etária: Livre.
Ingressos: R$ 30,00 (prata) e R$ 100,00 (ouro)
Informações: www.eventosupercarros.com.br
Adrenalina
Visitantes contam experiências ao conferir as atrações do SuperCarros
Evento vai até este domingo no Autódromo Internacional do Velopark, em Nova Santa Rita
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