Em Porto Alegre funciona uma prestadora de serviços do Instituto Royal, a Genotox Royal. A empresa fica em uma incubadora dentro do Centro de Biotecnologia (CBiot) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no Campus do Vale. Sua função, porém, é diversa daquela da contratante paulista, já que não trabalha com animais, conforme o diretor do CBiot, Arthur Germano Fett Neto. A função do Genotox é buscar alternativas ao uso de bichos em pesquisas, salienta:
- O laboratório trabalha com o cultivo de células justamente para substituir o uso de animais. Essa é a principal função dessa empresa.
A Genotox está incubada no CBiot há pelo menos seis anos, ressaltou o diretor da CBiot. O trabalho com o Instituto Royal é mais recente, e se foca em toxicidades. São utilizadas células de tumores humanos e tecidos de roedores, obtidos de animais mortos, por exemplo, e cultivadas. Na opinião de Fett, a substituição dos animais nos testes é uma missão árdua.
- É difícil porque a gente tem que comprovar que o teste alternativo funciona igual àquele com animais. Provar que eles são equivalentes demora um certo tempo. Existem protocolos que devem ser seguidos para comprovar, é uma pesquisa bastante pesada - afirma.
O Instituto Royal se denomina uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e é financiado por instituições públicas de fomento à pesquisa. A entidade destacou que segue todos os protocolos nacionais e internacionais voltados para pesquisas com animais em laboratórios.