Uma tarde ruidosa na rua Mostardeiro e eu entrei em um banco. Estou sentada com aquela estranha sensação de quem pegou uma senha para ser atendido, mas é a única pessoa aguardando na sala. Há uma tevê ligada. Um pouco antes, uma voz tinha me pedido para mostrar a bolsa perto de uma janela onde não se via o outro lado. Eram frases estranhas que acentuavam o caráter robótico e bizarro de nossa interação, de modo que tive certeza que o segurança estava brincando um pouco de voz do além, mas não o repreendi mentalmente por isso porque sabia que aquele devia ser um trabalho ingrato. Deboche para aliviar. Justo.
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