
Cerca de 250 agências bancárias da Região Metropolitana de Porto Alegre pararam parcial ou totalmente no primeiro dia de greve da categoria, nesta quinta-feira (19). O número, levantado pelo Sindbancários, representa 55% do total de bancos da região, que é de 450 agências. O presidente do sindicato, Mauro Salles Machado, acredita que a mobilização irá aumentar a partir da próxima semana:
- Foi um dia vitorioso, acima da nossa expectativa. Inclusive, o início da greve deste ano foi superior ao do ano passado. Para o primeiro dia, foi bastante positivo. A greve é por tempo indeterminado e há uma expectativa de que ela aumente a partir de segunda-feira - alega.
Durante esta quinta-feira, a reportagem da Rádio Gaúcha percorreu dezenas de agências bancárias localizadas em diferentes pontos da Capital e constatou que a adesão à greve foi maior na região central de Porto Alegre. Dos 20 bancos percorridos no Centro Histórico, apenas quatro mantiveram a normalidade do atendimento ao público; nas demais, somente os caixas eletrônicos estavam à disposição da população.
No entanto, nas regiões mais afastadas da cidade a adesão à greve foi menor. Das quatro agências bancárias da Av. Otto Niemeyer, que cruza os bairros Cavalhada, Camaquã e Tristeza, por exemplo, três estava operando normalmente. Os bancos garantem que os terminais de autoatendimento estão sendo reabastecidos normalmente e não irá faltar dinheiro para a realização de saques.
Confira, na íntegra, a nota enviada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre a greve nacional dos bancários:
A Federação Nacional dos Bancos - FENABAN tem com as lideranças sindicais uma prática de negociação pautada pelo diálogo, que nos últimos 20 anos evoluiu de forma significativa, resultando numa valorização constante da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT), que a diferencia e a torna única em relação a outras categorias profissionais.
Nos últimos anos, porém, tem sido recorrente que as lideranças sindicais tenham um calendário próprio para deflagração de greve, independente dos espaços de negociação.
A FENABAN lamenta essa posição dos sindicatos, que causa transtorno à população, e reitera que a maioria das agências e todos os canais alternativos, físicos (autoatendimento, correspondentes) e eletrônicos, vão continuar funcionando normalmente. Os bancos respeitam o direito à greve, entretanto, farão tudo que for necessário e legalmente cabível para garantir o acesso da população e funcionários aos estabelecimentos bancários.