A escada rolante que leva ao térreo do Shopping Canoas não apresenta nenhum problema ou irregularidade. Essa é a conclusão preliminar da avaliação técnica realizada na manhã de hoje pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). Na noite de ontem, a menina Luiza Igarçaba Marques, três anos, caiu de uma altura de cinco metros após ficar presa no corrimão da escada. Ela morreu oito horas depois no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre.
- A perícia apontou que não há falhas no funcionamento e nos mecanismos da escada rolante. Ela está projetada e desenhada de acordo com a legislação existente no momento. Não há nada de ilegal no equipamento - afirma o delegado responsável pelas investigações, Pablo Rocha.
A partir das imagens do circuito interno do Shopping, o delegado pode reconstituir a cena.
- A criança ficou 24 segundos sem vigilância. Então, um tempo inferior a meio minuto é suficiente para se perder uma vida tão preciosa quanto a que se perdeu - conta.
Segundo as imagens, Luiza estava no colo do pai quando foi posta no chão. Ele teria se distraído enquanto a menina foi até a escada rolante. Ela hesitou, mas acabou utilizando o equipamento. A mão ou parte do blusão que a vítima usava ficou preso no corrimão de borracha. O corpo acabou projetado em direção a um vão, onde houve a queda de cinco metros.
- A morte ocorreu por uma conjunção de fatores. Em primeiro lugar, a fatalidade. Depois, a ausência de vigilância a uma criança de três anos. Ela tem uma dinâmica corporal totalmente diferente de um adulto. Todos esses equipamentos são projetados para funcionamento com uma pessoa adulta ou por uma criança supervisionada. Uma sacada é perigosíssima para deixar uma criança para deixar uma criança, assim como uma escada rolante - alerta o delegado Pablo Rocha.
Gaúcha
Polícia classifica como fatalidade morte de criança em escada rolante de shopping
Menina de três anos utilizou equipamento sozinha após se distanciar do pai
Mateus Ferraz
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