A Biblioteca Pública do Estado atravessa dias de acanhamento, mas sonha grande.
Com o prédio histórico da Riachuelo em restauro desde 2007 e os serviços básicos transferidos para um espaço apertado na Casa de Cultura Mario Quintana, a instituição trabalha para tornar realidade a construção de um prédio novo, amplo e moderno.
- Todo mundo sabe que o prédio da biblioteca não comporta mais as necessidades. Não acredito que saia neste governo, mas já estamos autorizados a procurar um novo espaço - revela a diretora, Morgana Marcon.
A ideia é que o prédio histórico vire uma biblioteca-museu, concentrando as obras raras, o acervo sobre o Rio Grande do Sul e espaços para eventos culturais. O edifício novo, mas amplo, acolheria a administração e os serviços de referência, de empréstimo e de processamento de materiais. Teria também serviços adicionais, como salas para oficinas, auditório, dezenas de computadores com acesso à internet, restaurante e estacionamento.
- O conceito de biblioteca mudou. Ela tem de ser um grande espaço multifacetado - afirma Morgana.
Por enquanto, a situação é precária. Para as instalações provisórias na Casa de Cultura, a instituição levou apenas 40 mil dos seus 240 mil volumes.
A capacidade do setor de referência caiu de 120 para 30 lugares. Somando-se ao aperto e ao desconforto o fato de que muitos usuários não sabem que a biblioteca está funcionando em novo endereço, queda significativa no empréstimo de livros e na quantidade de pesquisas.
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Itamar Melo - de Capão da Canoa
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