Os professores e servidores civis do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) realizam desde a manhã desta quarta-feira uma paralisação em apoio à greve nacional de funcionários públicos que já atinge dezenas de instituições federais de ensino. É a primeira vez que funcionários do colégio param as atividades em um século de história.
Servidores e professores sindicalizados deixaram o prédio da instituição, por volta das 10h, e devem permanecer no Parque Farroupilha (Redenção) com faixas de protesto até a tarde desta quarta. Segundo o chefe da seção de Comunicação Social do CMPA, coronel Leonardo Araujo, as aulas seguiram em ritmo normal:
- Substituímos os professores sindicalizados que participariam da paralisação e as aulas continuam normalmente - afirma.
O ato em frente ao CMPA serve para apresentar a pauta de reivindicações dos servidores, que inclui mudanças no plano de carreira e pedido de reajuste de 22,58%. Outro ponto do manifesto é o pedido de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação, questão em comum com as reclamações que fazem parte da paralisação do funcionalismo federal.
- A reivindicação pontual dos servidores do CMPA é o atendimento à demanda de que todos os professores dos colégios militares sejam enquadrados no plano de carreira para o ensino básico, técnico e tecnológico - salienta a presidente da Associação dos Professores e Funcionários Civis do Colégio Militar de Porto Alegre (APROFCMPA), Silvana Schuler Pineda.
Conforme Silvana, o governo federal lançou um novo programa de carreira para a categoria em 2008, mas nem todos os docentes foram atendidos. Ela explica que, sem a inclusão dos professores no plano, os servidores perdem "uma série de benefícios".
No próximo domingo, representantes de servidores civis de todas as instituições militares de ensino do país se reunirão em Brasília e discutirão a possibilidade de greve nacional.
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