A chegada de pelo menos cem chefes de Estado ao Riocentro, palco da Rio+20, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável, provocou reforço no esquema de segurança em uma manhã que começa com chuva no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira.
Perto das 10h, horário marcado para o início do evento, o amplo corredor de entrada do pavilhão 5, no Riocentro, recebia uma grande movimentação da imprensa e das delegações mundiais. Os representantes de seus países passavam por quatro detectores de metais antes de ter acesso ao salão de conferências.
Quem entra na Avenida Salvador Allende, onde fica o Riocentro, enfrenta duas barreiras. Na primeira, menos ostensiva, só passam credenciados para a conferência, e os demais carros são desviados. Em outro ponto, os visitantes encontram um caminhão do Exército atravessado em parte da via, vigiada por homens armados com fuzis. Mas não há necessidade de parar.
A segurança ostensiva se repete até os arredores do Riocentro, onde há mais soldados armados - em determinados pontos, usando binóculos. A preocupação se justifica pela presença de personagens como o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que chegou na terça-feira ao Rio mas, antes mesmo disso, já havia sido alvo de protestos.
Além da presidente Dilma Rousseff, que desembarcou no Rio na madrugada desta quarta, vieram líderes da Espanha (Mariano Rajoy), França (François Hollande) e China (Wen Jiabao). As ausências mais sentidas são as do americano Barack Obama, da alemã Angela Merkel e do britânico David Cameron.
Há pelo menos 58 inscritos para discursar durante a conferência. A primeira rodada de discussões ocorre entre 10h e 13h. Após intervalo para almoço, as negociações prosseguem às 15h, com previsão de encerramento às 15.
Além das falas, os líderes irão discutir o documento com as propostas da Rio+20, aprovado na terça. A conferência está programada para terminar na sexta-feira.
carlos.ferreira@zerohora.com.br
Cúpula internacional
À espera dos chefes de Estado, segurança aumenta na Rio+20
Faltas mais sentidas são as de Barack Obama, Angela Merkel e David Cameron
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