O laudo preliminar da perícia aponta que o empresário Thor Batista, filho de Eike Batista, não trafegava pelo acostamento da BR-040 no momento em que atropelou o ajudante de caminhoneiro Wanderson Pereira dos Santos, na noite de 17 de março, no Rio de Janeiro - versão que havia sido informada pela família da vítima. Encaminhado à 61ª Delegacia de Polícia (Xerém), o documento diz que o jovem dirigida seu Mercedez-Benz McLaren na pista central ou da direita e que Santos empurrava a bicicleta, enquanto atravessava a rodovia.
O laudo informa ainda que Santos carregava uma sacola plástica com latas de cerveja. Os objetos foram encontrados no para-brisa do carro. Dias depois do acidente, Thor havia publicado no Twitter versão semelhante à que foi apontada pela perícia.
- Vinha na faixa esquerda com muito cuidado, sem ao menos dialogar com o meu carona, repentinamente um ciclista atravessou do acostamento do lado direito até o meio da faixa esquerda, onde trafegam veículos.
Segundo o relato, Santos "empurrava a bicicleta com o pé esquerdo no chão". Na ocasião, Thor informou ainda que sua "imediata reação foi aplicar força total nos freios do carro, segurando o volante reto".
- Infelizmente, foi impossível evitar a colisão.
Segundo o empresário, ele estava a 110 km/h. O laudo ainda não tem informações sobre a velocidade do carro. Os peritos encontraram dificuldades de chegar ao dado porque não têm parâmetros para analisar o desempenho do Mercedes McLaren e pediram informações à Mercedes, fabricante do veículo. O modelo tem capacidade de frenagem superior e é mais baixo do que os carros convencionais, o que dificulta a realização dos cálculos que indicariam a velocidade.
Na semana passada, o delegado Mario Arruda, que investiga o caso, pediu ao Ministério Público Estadual a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito que apura o atropelamento do ciclista. A falta de informações sobre a velocidade do carro foi o principal argumento para pedir o adiamento de 30 dias para concluir o inquérito. No fim de março, teste realizado do sangue de Santos revelou que havia a concentração de 1,55 grama de álcool por litro de sangue. O máximo tolerado pelo Código de Trânsito Brasileiro é de 0,2 grama de álcool por litro de sangue.
Atropelamento no Rio
Thor Batista não trafegava pelo acostamento, aponta laudo preliminar
Empresário atropelou em março o ajudante de caminhoneiro Wanderson Pereira dos Santos
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