De uma coisa a seleção olímpica masculina de futebol não pode ser acusada: de não visitar a periferia das grandes cidades. Depois de treinar na cidade satélite do Gama, nesse sábado, o time de Rogério Micale treinou no Estádio Maria de Lourdes Abadia (que foi governadora do Distrito Federal por menos de um ano, entre 2006 e 2007), o Abadião, em Ceilândia – cidade distante cerca de 30 quilômetros de Brasília.
Ainda que o acanhado campo (com arquibancadas com capacidade para dois mil torcedores) dificilmente passasse na vistoria para a disputado Gauchão, a equipe de Micale realizou aqui o último trabalho para a decisão contra o Iraque, neste domingo, às 22h, no Mané Garrincha. Apenas os primeiros 15 minutos foram abertos para a imprensa.
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Depois, Micale fechou o treino. Os portões seguiram fechados o tempo todo, deixando pelo menos 400 torcedores sem contato com os atletas. Ao lado de fora, a torcida protestava.
– Abre, abre, abre. Vocês têm que ter medo é do Iraque. Só queremos uma foto – gritava a massa – É um absurdo eles não abrirem os portões para o povo – reclamou o torcedor de Ceilândia Ariovaldo Resende.
Enquanto o treino foi aberto, Micales misturou os jogadores, em um trabalho de dois toques, sem mostrar titulares e reservas. A tendência é que a equipe que estreou nos Jogos contra a África do Sul seja mantida para enfrentar o Iraque.
Manifestações à parte, o treino foi mantido com os portões cerrados. Mesmo que ao lado de fora a seleção começasse a transformar apoio em muxoxos.
*ZHESPORTES