Ronaldo Fenômeno se arrependeu de declaração recente em que afirmou que Neymar teria uma má relação com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues. Segundo o ex-jogador, o camisa 10 do Santos teria problemas com o dirigente por conta da lesão no ligamento cruzado anterior e no menisco do joelho esquerdo sofrida por ele durante a derrota do Brasil para o Uruguai, no dia 17 de outubro de 2023, que o deixou fora de ação por pouco mais de dois anos.
"Pelo que eu sei, ele (Neymar) não se dá bem também com o Ednaldo porque ele acusa o Ednaldo que a lesão dele do cruzado foi no campo do Cuiabá, com gramado irregular. Foi o que eu ouvi, não posso afirmar se é verdade", disse Ronaldo durante participação no podcast Charla.
Curiosamente, a partida contra o Uruguai em que Neymar se machucou, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, aconteceu em Montevidéu, capital uruguaia, e não em Cuiabá, como afirmou Ronaldo na entrevista.
Nesta segunda-feira, o campeão do mundo de 2002 pela seleção brasileira se desculpou com Neymar. "Deixo aqui o meu pedido de desculpa ao Neymar por ter falado da sua relação com o presidente da CBF. Como ex-jogador, sei o quanto histórias mal contadas podem nos prejudicar. Sei também o quanto o seu talento pode fazer a diferença na seleção brasileira. É por isso que torço", disse.
Ronaldo anunciou neste mês que iria retirar sua candidatura à presidência da CBF, por não ter sequer conseguido se reunir com os presidentes das federações estaduais. Na entrevista ao podcast, o ex-atacante deu mais detalhes sobre a sua tentativa frustrada de comandar o futebol brasileiro.
"O sistema realmente não deixa ninguém entrar. Tanto que, historicamente, a CBF nunca teve uma eleição com dois candidatos. Quem está no poder se reelege ou elege o sucessor", disse o ex-atleta.
Nesta segunda-feira, Ednaldo Rodrigues foi reeleito presidente da CBF. Único candidato concorrendo ao pleito, o dirigente de 71 anos foi aclamado para o cargo em reunião na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e vai comandar o futebol nacional até 2030. Ele recebeu todos os votos das 27 federações e também todos os votos dos 40 clubes das Séries A e B, totalizando 141 votos.