A Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) e a Liga de Futebol Profissional da Espanha (LaLiga), organizadora do Campeonato Espanhol, firmaram uma parceria para combater a pirataria audiovisual no Brasil, um país estratégico para a entidade devido ao grande interesse pelo futebol espanhol.
As contribuições de LaLiga serão direcionadas para bloquear conteúdos ilegais, desativando domínios piratas que transmitem as partidas e apoiar o governo brasileiro na desarticulação de plataformas de pirataria digital, além de oferecer colaboração tecnológica por meio de implementação de ferramentas avançadas que identificam e eliminam transmissões ilegais.
O Núcleo Antifraude da ABTA e LaLiga trabalharão juntamente a órgãos como Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) a fim de fortalecer o ecossistema de combate à fraude audiovisual no país. "O apoio de uma organização de alcance mundial como LaLiga é uma importante contribuição à nossa missão de manter um ecossistema audiovisual seguro e sustentável", afirmou Oscar Simões, presidente da ABTA.
"O combate à fraude audiovisual está no DNA de LaLiga. Desenvolvemos há anos soluções inovadoras para a proteção de nossos conteúdos e colaboramos com organismos internacionais para erradicar esse tipo de fraude", explicou Guillermo Rodríguez, Diretor de Operações Antifraude Digital e Audiovisual de LaLiga.
A ação da associação espanhola está ligada ao crescimento do acesso ilegal a conteúdos esportivos no Brasil. Segundo um estudo da Ampere, de 2023, 67% dos consumidores brasileiros admitiram ter utilizado plataformas ilícitas pelo menos uma vez por mês para assistir a partidas esportivas ao vivo. Além de gerar perdas milionárias para os detentores de direitos de transmissão, a pirataria audiovisual foi responsável por um prejuízo estimado de quase R$ 52 bilhões à economia do país nos últimos cinco anos.
"O Brasil é uma prioridade nessa luta. LaLiga continua apostando em uma estratégia global que combina inovação tecnológica, parcerias estratégicas e pressão regulatória para garantir a proteção de seu produto audiovisual em todos os mercados onde atua", comentou Guillermo Rodríguez.