A brasileira Rafaela Silva conquistou, neste sábado (8), em Tashkent, no Uzbequistão, o bicampeonato mundial de judô da categoria leve (até 57kg). Campeã em 2013, quando a competição foi disputada no Rio de Janeiro, a judoca de 30 anos fez uma campanha brilhante para garantir sua sétima medalha na história do evento.
Na primeira luta do dia, Rafaela encarou uma barulhenta torcida, para vencer por ippon a local Nilufar Ermaganbetova. Em seu segundo combate, a atleta do Flamengo venceu a búlgara Ivelina Ilieva, também por ippon, no golden score.
O terceiro combate foi contra a ucraniana Daria Bilodid, bicampeã mundial no peso ligeiro (48kg) e medalhista de bronze nessa mesma categoria, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em uma disputa muito apertada, Rafaela forçou três punições para a rival e avançou à semifinal.
A vaga na decisão veio com um novo ippon, desta vez sobre a israelense Timna Nelson Levy, líder do ranking mundial, superada em menos de um minuto de combate.
A medalha de ouro veio em uma disputa com a japonesa Haruka Funakubo, que foi projetada por waza-ari, a 30 segundos do fim do combate.
— Muito feliz. Meu último título foi quase 10 anos atrás. Fiquei dois anos sem treinar e competir (por conta de um doping). Foi muito importante pra mim. Não participei da última Olimpíada e essa competição é muito importante pra mim na busca por uma vaga nas Olimpíadas de Paris — disse Rafaela ao canal Sportv.
Suspensão por doping
Em setembro de 2019, Rafaela Silva foi suspensa por conta de um caso de doping, ficando afastada do esporte por dois anos. Em dezembro de 2020, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) rejeitou o recurso apresentado pela brasileira Rafaela Silva, suspensa por dois anos após um teste positivo de doping em 2019. Com a decisão, Rafaela ficou fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021. No fim de 2021, a brasileira retornou aos tatames e atingiu o sexto lugar no ranking mundial.
Rafaela Silva, vencedora na categoria até 57 quilos nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, havia testado positivo para fenoterol, produto usado principalmente no tratamento de asma, em 9 de agosto de 2019, durante os Jogos Pan-Americanos.
Rafaela, que sempre alegou ser inocente, afirmou ter se infectado acidentalmente durante os Jogos Pan-Americanos em decorrência do contato com sua colega de quarto ou com torcedores.
Jéssica Lima
Quem também participou da categoria leve foi Jéssica Lima. A judoca da Sogipa disputou seu primeiro mundial e venceu na estreia a mongol Ichinkhorloo Munkhtsedev. Já na segunda rodada, com dois waza-ari, passou pela dominicana Ana Rosa.
A caminhada de Jéssica parou nas oitavas de final, quando ela encarou Haruka Funakubo,que chegaria à decisão contra Rafaela Silva.