A seleção brasileira masculina chegou ao Campeonato Mundial de Vôlei com algumas incertezas, mas superou desfalques importantes e conseguiu chegar à sétima semifinal consecutiva em edições do torneio. Neste sábado (10), viverá um dos maiores desafios deste momento de reformulação, em um duelo com a Polônia, anfitriã do torneio, pela vaga na final. Superar os donos da casa não será fácil, mas o treinador Renan Dal Zotto confia na união demonstrada pelo grupo, qualidade que para ele foi uma das mais importantes na campanha até agora.
— Cada vez que uma peça se machuca, ficamos preocupados, pois todos são importantes no nosso conjunto. E nesses momentos os que estão no banco mostram seu valor. Todas as vezes em que precisamos, os que estavam fora corresponderam.Esta cumplicidade é importante para nossos objetivos — omentou o treinador, lembrando que perdeu o oposto Alan e o central Isac por lesão antes da viagem para o Mundial. Durante a competição, não teve Lucarelli nas oitavas, contra o Irã, por causa de dores na panturrilha, mas Rodriguinho correspondeu.
— O que me deixa muito feliz é a entrega de cada um. O nosso dia a dia, o que é feito fora da quadra, tem proporcionado isso. Temos uma característica muito clara que é a mescla de gerações. E é impressionante a cumplicidade que eles têm um com o outro, um dos ingredientes mais importantes na formação desta equipe. Não é garantia de nada, mas é importante. O que acontece durante os jogos é reflexo de tudo isso — completou.
O Brasil busca seu quarto título do Mundial. Semifinalista nas seis edições anteriores, ficou de fora da final neste período apenas em 1998. Em sequência, conquistou o tricampeonato com os títulos de 2002, 2006 e 2010. Nas duas disputas seguintes, em 2014 e 2018, perdeu as finais justamente para a Polônia e ficou com o vice-campeonato.
O novo duelo decisivo com os poloneses está marcado para as 13 horas deste sábado (horário de Brasília), em Katowice, na Polônia.
— Nossa grande missão é estar sempre entre os melhores, buscando títulos. É um orgulho enorme estar entre os quatro, mas sabemos que ainda não temos nada conquistado. Nas últimas duas décadas, o Brasil sempre esteve entre os quatro melhores, raras vezes isto não aconteceu. E hoje o que queremos é estar na final — comentou Renan Dal Zotto.