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Alison dos Santos ampliou seu domínio nos 400 metros com barreira nesta quinta-feira (8), ao se tornar campeão da Diamond League, a principal série de corridas do mundo. Ele chegou à final em Zurique como favorito, depois de vencer seis etapas na temporada, e ergueu o troféu de diamante ao completar a prova em 46s98. Com isso, juntou-se a Fabiana Murer, bicampeã no salto com vara em 2010 e 2014, na pequena lista de brasileiros vencedores da competição. Em provas de pista, Piu, apelido do atleta, é o primeiro.
Os americanos Khallifah Rosser e CJ Allen, que fizeram 47s76 e 48s21, ficaram com o segundo e o terceiro lugar, respectivamente. Alison foi para a decisão como líder do ranking da Diamond League, depois de vencer as etapas de Doha, Eugene, Oslo, Estocolmo, Silésia e Bruxelas. No formato antigo da série, quando o vencedor era definido por pontuação, ele já teria sido campeão. Mas, atualmente, o ranking conta apenas para classificar os atletas que mais pontuaram para decidirem o título em uma final.
Medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio no ano passado, Alison está invicto em 2022. Além das vitórias ao longo da disputa da Diamond, ele conseguiu a medalha de ouro no Campeonato Mundial desta temporada, disputado em julho, nos Estados Unidos. Foi em território americano que ele fez seu tempo mais baixo, 46s29, para se colocar no topo do ranking da World Athletics, a associação internacional de atletismo.
— Este ano, pós-Olimpíada, sabíamos que seria mais enxuto, mas não teríamos descanso. Este ano, teve o Mundial, no ano que vem também terá. E em 2024, Jogos em Paris. Então, não acalmamos, não ficamos de boa. Fomos para cima. Nosso objetivo é Paris-2024. Mas, não tem como acabar a prova sem correr a distância inteira. Estamos na pista, nesse meio aí, correndo e focando lá na frente — disse Alison, após a conquista.
Na disputa desta quinta-feira (8), o brasileiro não teve de competir contra Ray Benjamin (46s89) e o campeão olímpico Karsten Warholm (47s12), os outros dois integrantes do top 3 mundial. Isso porque nenhum deles conseguiu se classificar para a final em Zurique. Por isso, Alison não teve maiores dificuldades para conquistar o título e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar com tranquilidade, com um tempo abaixo de 47 segundos pela terceira vez no ano.
Almir Junior é quinto no triplo; Thiago Braz e Rafael Pereira ficam longe do pódio
Outros três brasileiros também se classificaram para a final da Diamond League, e o melhor resultado foi de Almir Júnior (Sogipa) no salto triplo. Ele terminou em quinto lugar, com 17,10m, o melhor resultado da temporada, superando os 17,04m obtidos no GP Brasil, em maio, em São Paulo. O cubano Andy Diaz Hernández foi o campeão, com 17,70m, seguido do português de origem cubana Pedro Pichardo, com 17,63m , e do também cubano Jordan Diaz, com 17,60 m.
Thiago Braz competiu no salto com vara e terminou em sexto lugar, com 5,72 m, marca obtida na terceira e última tentativa. O campeão olímpico no Rio-2016 e bronze em Tóquio-2021 não passou a marca de 5,81m. A medalha de ouro ficou com o recordista mundial, o sueco Armand Duplantis, com 6,07m, seguido do dinamarquês Sondre Guttormsen (5,86 m) e do norte-americano Chris Nilsen (5,81 m).
Já Rafael Pereira (Clã Delfos-MG) disputou os 110m com barreiras e terminou em nono lugar, com 13s73, depois de bater em várias barreiras e perder velocidade. Grant Holloway, dos Estados Unidos, foi o campeão, com 13s02, seguido dos jamaicanos Rasheed Broadbell (13s06) e Hansle Prchment (13s26).