Uma escola tradicional, mas que perdeu força ao longo dos anos. Assim pode ser definida a seleção da República Tcheca, adversária de estreia do Brasil no Mundial feminino de vôlei, neste sábado(24). Ainda como Tchecoslováquia, foi duas vezes medalhista de bronze (1952 e 1960) e quarta colocada em 1956, além de ter chegado em quinto lugar em outras duas oportunidades. Porém, desde o momento em que o país se dividiu, o melhor resultado foi a terceira posição no Campeonato Europeu de 1997.
Depois de se ausentar das duas últimas edições do Mundial, a equipe tcheca volta à competição sob o comando do grego Giannis Athanasopoulos e vem de uma temporada positiva, com 15 vitórias em 19 partidas, mas mesmo assim não é apontada como uma das favoritas ou até mesmo possíveis surpresas.
— Sonhamos com isso quando montamos a equipe anos atrás e começamos a trabalhar. Buscamos estar entre as melhores equipes do ranking mundial (19º), o que conseguimos, e foi isso que nos qualificou para o Mundial. Vamos para aproveitar cada momento. Esse é o nosso primeiro objetivo. De qualquer forma, planejamos focar em cada partida. Gostaríamos de ganhar um ou até dois sets contra as grandes equipes porque cada ponto conta para o ranking mundial e se terminarmos a temporada entre as 24 melhores equipes, passaremos automaticamente para a qualificação olímpica no próximo ano, o que é muito importante para nós— comenta Athanasopoulos.
Um dos destaques do time é Andrea Kossányiová. A jogadora de 32 anos atua no Alba-Blaj, da Romênia
— Tivemos uma temporada longa e nossa prioridade era nos classificar para o Campeonato Europeu, o que conseguimos com apenas um set perdido, o que é uma grande conquista para nós. Temos jogado um bom vôlei e agora vamos para o Mundial. Apesar de não estarmos entre as maiores potências do vôlei, podemos dizer que estamos entre os 24 melhores times do mundo. É um campeonato mundial, isso significa que não há grupo fácil e nenhuma partida será fácil. Brasil, China e Japão estão entre as potências do vôlei, mas elas também podem ter um dia ruim e nós podemos vencer. Queremos lutar por uma das vagas com Argentina e Colômbia — disse a ponteira, que em 2010, foi cortada da lista final.
Contra o Brasil, as tchecas disputaram cinco jogos em mundiais, quatro ainda como Techecoslováquia, com duas vitórias e três derrotas.
Confira os jogadoras da seleção tcheca no Mundial:
Levantadoras: Simona Bajusz e Katerina Valková
Ponteiras: Klara Faltinová, Eva Hodanová, Andrea Kossányiová, Michaela Mleknková e Denisa Pauliková
Opostas: Petra Kojdová e Gabriela Orvosová
Centrais: Lucie Blazková, Ela Koulisiani e Paulina Simánová
Líberos: Daniela Digrinová e Veronika Dostálová