Gustavo Maia tem apenas 19 anos. Você ainda não o conhece, mas logo, logo ele estará na sua TV nos fins de semana, vestindo a pesada camisa do Barcelona. O atacante foi comprado pelo clube catalão antes mesmo de estrear como profissional do São Paulo. Ou seja, saiu direto de Cotia para La Masia sem nem a gente vê-lo por aqui.
O Barça já havia pago 1 milhão de euros pela preferência na aquisição. Depois, os scouters do clube seguiram monitorando-o. Maia chegou até a treinar entre os profissionais do São Paulo antes de a pandemia nos atropelar e forçar a quarentena. Fernando Diniz chegou a observá-lo, inclusive no time de cima. Mas jogar, que é bom, nada. Os gols em competições de base convenceram o Barcelona de que era preciso exercer o direito de compra do guri. Na temporada 2018, foram 30 em 36 jogos. Na Copa SP do ano seguinte, foi um dos indicados ao prêmio Dener, destinado ao autor do gol mais bonito da competição. Concorreu com um de voleio marcado contra o Coritiba.
Os catalães receberão o garoto nas próximas semanas. A multa, para espantar o olho gordo, é de 300 milhões de euros. Inicialmente, Maia jogará no Barça B. Projeta-se para ele um caminho rápido até o time principal, neste processo de renovação que se iniciou na temporada 2019/2020, em que sugiram Ansu Fati, Riqui Puig e o uruguaio de Rivera Ronald Araujo. Além de Maia, o clube havia comprado as revelações Trincão, atacante de 20 anos do Braga, e Pedri, 18 anos, considerado o novo Iniesta e buscado no Las Palmas. A diferença é que Trincão custou 20 milhões de euros, e Pedri, 15 milhões de euros. Será que o brasileiro Maia vale tão menos assim?
