
O futebol italiano vive uma fase de baixa. Se já teve grandes momentos a nível europeu entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990, além de uma época interessante nos anos 2000, a Itália virou uma liga de segundo nível na Europa se comparada à Inglaterra e à Espanha. Tudo pode mudar com a chegada de Cristiano Ronaldo à Juventus.
O clube de Turim já domina completamente o futebol nacional. São sete títulos italianos em sequência — série impressionante após seca de seis anos que sucedeu a revogação do título de 2004/2005 por conta de um escândalo de apostas.
Os concorrentes italianos até tentaram emparelhar a disputa nesta intertemporada. A Inter de Milão contratou Nainggolan, a Roma buscou Javier Pastore e o Napoli fechou com o técnico Carlo Anceloti. Mas a chegada de Cristiano Ronaldo praticamente garante a manutenção do domínio da Juventus pelos próximos anos.
O desafio da Juve passa a ser maior. A obsessão é a Liga dos Campeões, na qual o clube foi vice-campeão em 2015 e 2017 — com derrotas na decisão para Barcelona e Real Madrid, respectivamente. O clube não conquista o título europeu desde a era Zidane, em 1996.
Em busca da quebra do domínio espanhol
A Espanha tem sido suprema no futebol europeu. São cinco títulos em sequência na Liga dos Campeões — quatro do Real Madrid e um do Barcelona — e quatro títulos nas últimas cinco edições da Liga Europa — três do Sevilla e um do Atlético de Madrid. Um mesmo país não tinha tamanho domínio na Europa desde o período entre 1977 e 1982, com seis títulos consecutivos da Inglaterra com Liverpool, Nottinghan Forest e Aston Villa.
A saída de Cristiano Ronaldo pode ter efeito para dividir as forças. Além de naturalmente reforçar a Juventus e enfraquecer o Real Madrid, pode incentivar outros clubes a investir com força por uma expectativa mais realista de competir pelo título continental.