
Em determinados momentos podemos escolher entre ver o que realmente está acontecendo ou optar pela ingenuidade. O jogo entre Juventude e Grêmio se encaixa nesse cenário.
A gritaria realizada pelo contexto tricolor sobre a arbitragem fez parecer que o Grêmio estava sofrendo algum tipo de perseguição ou sendo vítima de um complô para impedir a conquista do título.
Conspirações absurdas para criar narrativas que justificassem qualquer tipo de fracasso dentro de campo. E funcionou.
Onde estão aqueles que durante uma semana concordaram com isso ou foram a voz do clube para disseminar essa ideia?
Erros constantes
Após a classificação com um gol irregular, não vi ninguém no Grêmio falando em “roubo”, “sacanagem” ou coisa do tipo. O discurso que diz buscar melhorias para todos os clubes desapareceu.
Os erros dos árbitros são constantes. Transformar essa realidade do futebol brasileiro em teoria da conspiração é se aproveitar de uma situação negativa para buscar benefícios futuros.
O ambiente criado pela direção gremista fez com que um gol irregular fosse validado. E isso não tem a ver com a índole da equipe de arbitragem.
É sobre o condicionamento constante que pesa o clima para que os profissionais consigam ter tranquilidade para realizar o seu trabalho.
Espero que na final do Gauchão esse cenário não se repita. Se colocar no papel de vítima em relação aos árbitros não é coerente. Ainda mais quando não há escândalo para tal atitude.
Narrativa
O que aconteceu no jogo de ida entre Grêmio e Juventude foi um tremendo exagero. Porém, a narrativa criada na Arena funcionou.
E por ter funcionado, entendo o lado colorado de ficar preocupado com o êxito gremista nessa história.
Nosso papel é não dar palco para esse tipo de narrativa. Todos os lances envolvendo a dupla Gre-Nal no Gauchão podem ser debatidos.
Não há unanimidade. Por conta disso, não existe conspiração e roubo. A indignação vale para o pênalti do Tinga ou a mão do Yuri Alberto. Isso é escândalo. O resto é erro. Algo comum no futebol brasileiro.
Quer receber as notícias mais importantes do Colorado? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Inter.