A medalhista olímpica Rafaela Silva contou em seu Twitter um caso de preconceito que viveu nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro. Segundo o relato, dois policiais pararam o táxi em que Rafaela estava indo para casa, pois acharam que o motorista havia buscado a jovem na favela. O ocorrido gerou indignação na judoca, que questionou: “Esse preconceito vai até onde?”.
Ainda de acordo com a publicação, a atleta estava voltando para casa, saindo do Aeroporto de taxi, quando foi parada na Avenida Brasil por policiais. Os PMs mandaram o taxista sair do carro e fizeram algumas perguntas a ele. Logo em seguida, pediram que Rafaela saísse também. A jovem contou que foi questionada sobre qual seria seu emprego e quando respondeu que era atleta, o policial teria se recordado de que Rafaela é atleta olímpica.
Confira o relato!
"Chegando hoje no rio de Janeiro, peguei um táxi para chegar em casa. No meio da Avenida Brasil, um carro da polícia passou ao lado. Os policiais não estavam com a cara muito simpática. Continuei mexendo no meu celular. Ligaram a sirene e o taxista achou que eles queriam passagem, mas não foi o caso. Queriam que o taxista encostasse o carro. Quando encostou, o chamaram para um canto. Quando olhei na janela, outro policial armado mandou eu sair de dentro do carro. Levantei e saí. Me perguntaram: 'Trabalha onde?'. Respondi: 'Eu não trabalho, sou atleta'. Na mesma hora, ele olhou para minha cara e falou: 'Você é aquela aleta da Olimpíada, né?. Na mesma hora, o policial baixou a cabeça e entrou na viatura. Quando entrei no carro, o taxista falou que a polícia perguntou de onde ele estava vindo e onde tinha parado para me pegar. Taxista respondeu que eu era do judô. E a polícia: 'ah tá, achei que tinha pego na favela'. Isso tudo no meio da Avenida Brasil, todo mundo me olhando, achando que a polícia tinha pego um bandido, mas era apenas eu tentando chegar em casa. Esse preconceito vai até onde?"