
Tirando a questão do goleiro, que é completamente inusitada, Antônio Carlos Zago tem outro grande "pepino" na mão.
Refiro-me à lesão do lateral-esquerdo Carlinhos. Este impedimento, provavelmente, faz com que o treinador perca o sono pensando em como pode tirar uma carta da manga.
É o famoso "cobertor curto".
Pensem comigo: se o treinador optar por colocar, na esquerda, um jogador da posição, certamente escolherá Uendel. Acontece que este tem sido o cara que melhor se adaptou às funções de armador, ao lado de D'Alessandro. Jogando Uendel na lateral, fica a grande dúvida que vem assolando o Internacional desde o ano passado. Quem pode auxiliar a defesa e, ao mesmo tempo, apoiar o ataque?
O problema não seria tão grande se Roberson tivesse condições de jogo. Alguns diriam que Uendel poderia jogar na lateral desde que Valdivia fosse o companheiro de D'Alessandro.
Todas são alternativas, mas nenhuma me parece a ideal.
Por incrível que pareça, a solução reside em deslocar algum jogador de outra posição para exercer a lateral esquerda.
No jogo-treino de ontem quem esteve por ali foi Ernando, embora eu preferisse que o escolhido fosse o experiente Ceará.
De qualquer maneira, o grande empecilho que se apresenta ao Colorado não é nem a falta de goleiro, nem a indefinição do lateral-esquerdo e, muito menos, a insistência do técnico em jogar com Anselmo ao lado de Dourado.
O que mais preocupa, na verdade, é o bom time do novo Hamburgo. Sem dúvida, o mais regular e eficiente do Gauchão. Este sim é o fantasma a ser vencido.