Bruno deixou a penitenciária Nelson Hungria na noite da última sexta-feira. O habeas corpus foi concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de ter sido condenado, o goleiro estava preso preventivamente enquanto aguarda o julgamento de sua apelação ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
O goleiro foi condenado por 17 anos e 6 meses em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado, três anos e três meses em regime aberto, por sequestro e cárcere privado, e mais um ano e seis meses por ocultação de cadáver. A pena ainda foi aumentada por Bruno ter sido considerado mandante do crime, mas, por ter confessado o assassinato de Eliza Samudio, em 2010, foi reduzida novamente. Em entrevista à TV Globo Minas, o goleiro afirmou que independente do tempo que ficasse preso, a vítima não voltaria.
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- Independente do tempo que eu fiquei também, eu queria deixar bem claro, se eu ficasse lá, tivesse prisão perpétua, por exemplo, no Brasil... não ia trazer a vítima de volta.
O goleiro ainda afirma que pagou caro pelo crime que cometeu, classificando-o como "erro".
- Paguei, paguei caro, não foi fácil. Eu não apagaria nada. Isso serve pra mim de experiência, serve como aprendizado e não como punição. (...) Eu acho que, nessa questão de apagar o passado das coisas, eu não apagaria nada porque através de muito... por mais que eu não tivesse amigos verdadeiros, por mais que eu não tivesse passado por certas situações na [Penitenciária] Nelson Hungria, como eu passei, eu talvez eu não daria tanto valor à vida hoje.
Ainda com esperança de retomar a carreira esportiva, o goleiro afirma que vai recomeçar.
- Eu quero deixar bem claro que eu vou recomeçar. Não importa se seja no futebol, não importa se seja em outra área profissional, mas como eu vou estar na área do futebol, é o que eu almejo pra mim.