Eleito deputado federal em 2014, Andrés Sanchez (PT-SP), ex-presidente do Corinthians, teria recebido pagamento de R$ 2,5 milhões para o caixa 2 na campanha política. Os relatos são de ex-executivos da construtora Odebrecht, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo.
O diário traz que a citação consta nas delações premiadas do ex-diretor-superintendente da empresa Luiz Bueno e do ex-presidente de Infraestrutura do grupo Benedito Júnior à força-tarefa da Operação Lava-Jato.
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Conhecido como André Negão, André Luiz de Oliveira, atual vice-presidente do Corinthians, foi o responsável pelo recebimento do dinheiro não declarado nas contas da campanha de Andrés, que, à época, se elegeu com mais de 169 mil votos.
André Negão foi alvo da Operação Xepa, a 26ª fase da Operação Lava-Jato, em março de 2016. Na ocasião, ele foi preso no momento da busca e apreensão, pois policiais federais encontraram uma arma de fogo sem licença em sua residência. André foi liberado após pagar fiança de R$ 5 mil.
De acordo com a Folha, a Odebrecht apresentou documentos que compravam o pagamento de R$ 2,5 milhões ao ex-mandatário do Corinthians. Ele, aliás, está sendo investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) no campo da Lava-Jato desde novembro.
A defesa de Andrés Sanchez, via advogado João dos Santos Gomes Filho, manifestou-se em entrevista ao jornal e disse que "não há qualquer delação direta" contra o deputado e ex-presidente corintiano.
– André Luiz de Oliveira já se manifestou sobre o tema, esclarecendo que nunca pediu ou recebeu qualquer valor ou vantagem de qualquer natureza em favor ou em nome de Andrés Sanchez – disse o advogado.