
Mesmo na semifinal da Sul-Americana, um pequeno calo insistia em incomodar a Chapecoense: a mínima possibilidade de ainda se incomodar com rebaixamento.
Este incômodo praticamente não existe mais: o empate, fora de casa, em 1 a 1, com o Corinthians, na Arena, levou o time catarinense aos 43 pontos.
Na avaliação matemática da Série A, segundo os principais sites de estatística especializados em futebol, esta pontuação deixa qualquer time que atinja a marca com 60% de chances de não cair. No caso da Chape, com menos de 1% de chance de descenso.
E, mais que isso, mais tranquilidade para disputar a semifinal da Sul-Americana. Ficou comprovada a importância de Caio escalar os titulares para a partida.
O Verdão do Oeste encara o San Lorenzo, em Bueno Aires, na próxima quarta-feira (01/11), às 21h45min, no jogo de ida.
No primeiro tempo, os 10 primeiros minutos foram movimentados. A Chapecoense tentou dois ataques com perigo, rondando a área, nas primeiras ações, o Timão respondeu com sua chance, através e Giovanni Augusto, num perigoso arremate. E Bruno Rangel deu o troco, com bom arremate da entrada da área bem defendido por Walter.
A partir dos 10 minutos, o jogo concentrou-se mais na marcação de meio campo e as chances de gol praticamente sumiram. De diferente, a saída, por lesão, do goleiro Walter para a entrada de Cássio. E uma falta na entrada da área, batida por Dener, com a bola batendo na barreira e saindo sem perigo pela linha de fundo.
O restante da etapa assumiu um ar monótono, com um time da casa sem soluções para escapar da excelente marcação verde. O time de Caio Júnior promoveu uma ocupação de espaços eficiente e implacável.
O resumo da etapa foi de um visitante que se impôs, dominando territorialmente e tendo as melhores chances do período inicial.
No segundo tempo, o padrão do jogo seguiu a tendência: muito empenho dos atletas, pouquíssima inspiração. Apenas que o Corinthians mostrou um pouco mais de atitude, mais presença territorial, porém ainda com a Chape muito segura do ponto de vista defensivo.
Tem termos de perigo ao gol, até os 25 minutos somente havia uma tentativa, a Cleber Santana que ameaçou Cássio, com um chute venenoso que tirou tinta do poste.
Para o Timão, nada. Até os 27 minutos, quando Rildo, que recém havia entrado, ganhou na velocidade de Gimenez, entrou na área, e caiu após entrada do marcador. O árbitro deu pênalti.
Giovanni Augusto bateu e converteu.
Era o futebol tentando aprontar das suas: o Corinthians, até então dominado pelo adversário, com uma substituição e uma jogada, garantiu os três pontos que o colocam forte na zona que mira a Libertadores.
Mas, desta vez, houve justiça: outro pênalti, agora para a Chape, aos 37 minutos. Que Bruno Rangel bateu e converteu.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS (1)
Walter (Cássio); Fagner, Vilson, Pedro Henrique e Uendel; Camacho, Marquinhos Gabriel (Lucca), Giovanni Augusto, Rodriguinho e Marlone (Rildo); Romero
Técnico: Oswaldo de Oliveira.
CHAPECOENSE (1)
Danilo; Gimenez (A), Willian Thiego, Neto e Dener (A); Josimar, Gil (Hyoran) e Cleber Santana (Josimar); Ananias (Lucas Gomes), Kempes e Tiaguinho
Técnico: Caio Jr
Gols: Giovanni Augusto (CO), aos 28, Bruno Rangel (C), aos 37 minutos do 2º tempo
Cartões amarelos: Lucca (CO); Gimenez e Dener (C)
Arbitragem: Jean Pierre Gonçalves Lima, Elio Nepomuceno de Andrade Junior e Leirson Peng Martins (trio do RS)
Local: Arena Corinthians, em São Paulo