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Aos 52 anos, Dunga não consegue emitir sinais de que tem a Seleção sob controle. Seu trabalho passa por uma fase difícil. A pressão é enorme. Pode piorar, se não vencer hoje o Paraguai.
1) Com 20 meses de trabalho, ele não conseguiu organizar uma equipe competitiva, capaz de mostrar sinais das antigas Seleções do país. O time é burocrática, desorganizada e previsível. Falta a Dunga a inteligência tática para organizar um time vencedor. Quem o viu no Inter, em 2013, sabe do que falo.
2) Depois de deixar o Inter e assumir a Seleção, Dunga se recolheu. Ao contrário de fazer estágio na Europa, permaneceu na Capital. Não se enxerga evolução no trabalho do treinador depois de quase dois anos. Os resultados nas Eliminatórias são exemplos. Depois de cinco jogos, o aproveitamento é de 53%.
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3) Os erros nas convocações custam pontos ao Brasil. Manter o zagueiro David Luiz, que fracassou no Mundial 2014, é um erro. Não saber da fase irregular de Miranda na Inter de Milão é pura falta de informação. Deixar Marcelo no Real Madrid e convocar Filipe Luis outra vez mostra sua equivocada filosofia de futebol.
4) Seleção de um craque só, Neymar é a referência. Mas o Dunga insiste em posicionar o craque de forma equivocada, mais centralizado. Sua melhor posição –, e o Barcelona prova todas as semana contra adversários qualificados –, é pelo lado esquerdo, quando entra em diagonal ou faz a jogada de linha de fundo.
5) Parece pouco provável que Dunga consiga recuperar a Seleção. Sua leitura dos jogos tem sido primária. Depois do empate com o Uruguai, disse que seus atletas devem ser mais “viris”. Antes, pediu que a CBF pressione mais a Conmebol e vigie as arbitragens. Dunga não empolga, não oferece confiança. Nem a sua Seleção.