Podem dizer que ele está mais forte. Ou que melhorou a movimentação em campo. Para todos, é óbvio que está na confiança no seu potencial o grande trunfo para Brenner ter iniciado tão bem a temporada 2016.
Na verdade, é uma continuidade do que o centroavante fez na reta final da Série C, após a chegada do técnico Antônio Carlos Zago. Desde então, foram nove jogos oficiais e 11 gols. É o artilheiro do Gauchão com seis.
- O segredo é manter os pés no chão. O Galeano e o Antônio Carlos sempre me falam muito isso. São caras consagrados. Eu não ganhei nada ainda. E depois de todo jogo sempre falo também com meu pai. É o cara que me incentiva, elogia e dá aquela bronca para corrigir alguma coisa - diz Brenner.
O treinador diz que o jogador tem conseguido um ótimo aproveitamento e conta com a confiança total da comissão técnica.
- O centroavante está ali para fazer gols. É um jogador que venho elogiando muito desde a minha chegada e mantém uma regularidade incrível, que só grandes atacantes conseguem - resume Antônio Carlos.
Cinco anos de crescimento
O primeiro jogo de Brenner como titular do profissional foi em 8 de abril de 2012, aos 18 anos. Na oportunidade, com o time desclassificado do Estadual, o técnico Alexandre Barroso escalou a gurizada para enfrentar o Santa Cruz na última rodada. O centroavante já vinha se destacando como artilheiro na base e recebia algumas chances de treinar com a equipe principal. No mesmo ano, ainda entrou nos minutos finais da partida contra a Portuguesa, fora de casa, pela Copa do Brasil.
No sobe e desce comum para os garotos da base, Brenner iniciou 2013 com título. Foi campeão estadual sub-20 e novamente chamou a atenção do time principal. Voltou a entrar em alguns jogos do Gauchão e da Série D, mas atuando pouco e sem conseguir afirmação. Mesmo assim, foi decisivo em um momento importante da história alviverde.
Nas oitavas de final, contra o Londrina, participou do lance do gol de Zulu, que garantiu vaga às quartas de final. Ainda jogou contra Marcílio Dias e Botafogo-PB.
Em 2014, o cenário se repetiu. Centroavante reserva em boa parte do ano, teve as primeiras chances mais efetivas. Na equipe de Roger Machado, foi titular contra o Brasil-Pe, no Bento Freitas, pelo Gauchão. Depois, não teve sequência e voltou para o time B, onde foi artilheiro na conquista da Copa Serrana, quando marcou 12 gols, com média de quase um por partida. Era hora de aparecer.
No início de 2015 veio o primeiro gol na equipe de cima, na goleada sobre o Aimoré, no último jogo da primeira fase do Estadual. Daí para frente, a evolução é gradativa e surpreendente. Brenner não é mais a opção vinda da base. É, definitivamente, o camisa 9 do Juventude.
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