Lisete Inês Frohlich resistiu 1 ano e seis dias à frente do Riograndense. Na noite de quinta-feira, data em que completou 52 anos, ela pediu afastamento do clube, após reunião com conselheiros no Estádio dos Eucaliptos. A renúncia ao cargo de presidente, anunciada por ela, ainda não é definitiva. Na próxima segunda-feira, a partir das 18h, um novo encontro com dirigentes encaminhará os rumos do time do bairro Perpétuo Socorro.
- Estou descontente e coloquei os meus motivos para eles (dirigentes). Ninguém aceitou a minha saída. Vou viajar neste fim de semana e vou pensar - afirmou Lisete, que não descarta o retorno.
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O descontentamento de Lisete estaria diretamente relacionado à falta de apoio de integrantes da diretoria. Dentro do clube, há quem aprove a saída de Lisete. Assim como quem repudie a possibilidade. Inclusive, o motivo principal para a renúncia da mandatária aponta para uma briga interna com o diretor da Associação Amigos do Riograndense e dirigente, Sérgio Silva, o Serjão.
Conforme o presidente do Conselho Deliberativo do Riograndense, Wolmar Heringer, toda a diretoria deixará as respectivas funções, caso Lisete concretize a sua decisão inicial.
- Há desavenças dentro do clube. Somos apoiadores dela e também resolvemos entregar o cargo - resumiu Heringer.
Ao que tudo indica, a saída da presidente tem relação direta com o desentendimento com o conselheiro. Conforme Serjão, não há mais "clima" para ele continuar. Serjão alega que o time sub-19 não teve o apoio que merecia da presidente.
- Entreguei minha carta de demissão e ela foi aceita pela presidente (Lisete). A estrutura que montamos para o sub-19 vai ficar até domingo. Depois, eu e o Dilson (Siqueira, ex-presidente e dirigente) vamos nos afastar. Fiquei sozinho para tratar do sub-19. Temos um gasto mensal de R$ 8 mil em alimentação, que era pago por meio de um patrocínio adquirido pelo Dilson. Talvez em uma próximo diretoria eu repense uma volta, mas com a atual gestão não tem como - afirmou Serjão, que era diretor do departamento amador do Riograndense.
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Na sexta-feira, Dilson Siqueira confirmou que não seguirá auxiliando as categorias de base se Serjão ficar de fora do departamento amador. Dilson também afirmou que não tem pretensão de voltar à presidência.