Solzinho tímido, friozinho também menor do que o esperado para a frente fria que ameaçava chegar, mas futebol muito quente na manhã de bola rolando na Ressacada. Avaí e Sport entraram em campo para mostrar que não é só o horário que agrada à torcida brasileira: os dois times mostraram um futebol vertical, cheio de lances e alternativas e com final polêmico.
Teve virada, show de bola de Nino Paraíba, e três gols no primeiro tempo. E um segundo tempo com o gol de empate do Sport a partir de pênalti contestado pelos avaianos e muita movimentação dos dois times. Este o resumo do empate em 2 a 2, resultado que não tirou a invencibilidade do líder e manteve o Avaí sem adquirir importante gordura na tabela de classificação.
Técnico Kleina reclama da arbitragem
Blogo do Castiel: dobrou o joelhinho e é pênalti?
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O primeiro tempo começou intenso por parte dos leões, o da Ilha de Santa Catarina o da Ilha do Retiro. O Avaí tentando o ataque e conseguindo um escanteio após cruzamento de Nino Paraíba lá; o Sport estocando e quase marcando um gol com Diego Souza acolá.
Os primeiros 10 minutos foram movimentados na Ressacada. A distância de 10 pontos entre os clubes no início da partida, a favor do visitante, não intimidou o Avaí na primeira etapa.Mesmo com o time bastante modificado em sem Marquinhos, o Leão, mesmo correndo riscos nos perigosos contra-ataques, conseguiu impor perigo. E o Sport, que tem como característica tocar e girar muito a bola, não teve sossego para tentar empregar este estilo de jogo.
O primeiro amarelo do jogo foi para Eduardo Neto, logo aos 15 minutos, por jogada violenta no campo de ataque. Uma ação desnecessária do meia avaiano. Logo depois, nova investida perigosa do Leão, novamente com Nino Paraíba, que cruzou para uma confusão na área, em que a zaga do Sport conseguiu afastar.
Se Nino Paraíba aprontava do lado de lá e não contava com a precisão dos atacantes para transformar em gols, do outro lado objetividade é o que não faltava. Renê arrancou pela esquerda, aos 20 minutos, cruzou para Diego Souza abrir o placar. O Sport teve de sobra o que o Avaí não tinha: um jogador que valoriza a boa jogada pela ala com gol. Foi o que fez o meia.
Insistência premiada com empate e virada ainda na primeira etapa
Diego Souza e o Sport contaram, ainda, com falha do goleiro Vagner, que saiu muito mal do gol, atrapalhando dois marcadores de Diego. Ou seja, três atletas do Avaí perderam a disputa de bola para um do Sport no lance do gol.
A resposta do Avaí ao gol foi com novas tentativas de empate. A diferença é que os lances que o time azul protagonizou não superaram a zaga do rubro-negro, sempre bem postada. Principalmente com o irrequieto e perigoso Nino Paraíba, que com suas arrancadas sempre colocava o Avaí em situação de gol, mas a falta do jogador de definição era cruel.
Mas água mole em pedra dura, tanto bate até que fura: Nino Paraíba precisou descer quase uma dezena de vezes para cruzar, até que encontrou quem fizesse um gol. Os atacantes não se habilitam? Então o volante Renan bate o ponto. Conferiu o cruzamento e balançou as redes aos 37 minutos.
O Leão estava a mil! Mal recomeçou a partida e o setor da ala direita seguiu como corredor da alegria. Mas, desta vez, com descanso para Nino. Foi Rômulo que investiu à linha de fundo, cruzou e, desta vez, um atacante foi efetivo. Anderson Lopes, aos 39 minutos, apareceu com oportunismo, pressionou a zaga e garantiu o gol da virada numa dividida com a zaga. A arbitragem deu gol contra de Samuel Xavier.
Os minutos finais não foram de estudo. O Sport, com o perigoso e rápido Maicon Leite, ainda colecionou duas oportunidades antes de seu time ir respirar nos vestiários.
Segundo tempo com empate nos acréscimos e pênalti estranho
Como era esperado, o Sport retornou abusado e com vontade de empatar. Conseguiu escanteios e tentou pressionar o Avaí, que passou a contra-atacar sem se expor. O Sport passou a ter mais posse de bola, mas não mudou a intensidade de Nino Paraíba. Aos 9 minutos, o ala aprontou mais uma e quase o Leão ampliou.
Aos 11 minutos, o Avaí perdeu outra grande oportunidade. William partiu bem posicionado em direção ao gol e desferiu lindo chute, da entrada da área, a bola bateu no poste e não entrou por pouco.
Não era, definitivamente, um jogo para marasmo. Se o Avaí aprontava das suas, o Sport não deixava barato. Na sequência, aos 19 e 20 minutos, Diego Souza e André perderam ótimas chances de empatar.
Nos últimos minutos, o árbitro paraense complicou um pouco sua atuação. Deixou de dar vários cartões amarelos ao Sport, que começou a abusar da violência, deixou de dar faltas ao Avaí e não assinalou um recuo da zaga nordestina ao goleiro, deixando a torcida indignada. Somente depois de muita reclamação de Diego Souza, este levou o primeiro amarelo do Sport.
Nos 15 minutos finais, o Avaí já adotou uma postura de contra-ataque, com a entrada de Roberto na vaga de Rômulo (Everton Silva já tinha entrado na vaga de Anderson Lopes e Pablo substituiria, depois, Tinga, que fez ótima partida). O Sport, por sua vez, foi para o tudo ou nada, com Samuel entrando na frente, no lugar de Wendel.
Se os avaianos já estavam descontentes com a arbitragem, o clima virou de indignação com pênalti assinalado aos 46 minutos. O estreante Jubal fez bobagem, perdeu a bola na área e ao tentar recuperar derrubou André. O árbitro viu pênalti. Os jogadores avaianos reclamam simulação do atleta do Sport. O próprio André bateu e empatou.
AVAÍ 2
Vagner; Nino Paraíba, Jéci, Jubal, Romario; Renan, Eduardo Neto, Tinga (Pablo); Rômulo (Roberto), Anderson Lopes (Everton Silva) e William.
Técnico: Gilson Kleina
SPORT 2
Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval, Renê; Rithely, Wendel (Samuel), Diego Souza (Rodrigo Mancha), Marlone; Maikon Leite (Régis) e André
Técnico: Eduardo Baptista
Arbitragem: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA), auxiliado por Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Dibert Pedrosa Moises (RJ)
Amarelos: Eduardo Neto, William e Vagner (A) e Diego Souza (S).
Vermelho: Eduardo Neto (A)
Público total: 8.116
Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis
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