Várias empresas multinacionais, entre elas Nike, Coca-Cola, Adidas, McDonald's e Visa, que patrocinam a Copa do Mundo de futebol, pressionam a Fifa a fazer uma limpeza após o indiciamento de vários dirigentes por corrupção.
A bandeira de cartão de crédito Visa ameaçou romper seus contratos com o órgão máximo do futebol mundial. Se não houver mudanças, "informamos (a Fifa) que reavaliaremos nosso patrocínio", ressaltou a Visa em um comunicado, no qual cita a sua "profunda decepção e preocupação".
"Como patrocinador, esperamos que a Fifa adote medidas rápidas e imediatas para resolver esses problemas", acrescentou a empresa, explicando que seu patrocínio se destinava a "encorajar as comunidades a se unirem e celebrar o espírito de competição e êxito pessoal."
"Esta longa polêmica deturpa a missão e os ideais da Fifa, e já expressamos repetidamente nossas preocupações sobre estas graves acusações", declarou por sua vez a Coca-Cola, que paga cerca de US$ 30 bilhões por ano à entidade.
O gigante do fast food McDonald's ressaltou que leva "muito a sério" os problemas relacionados à ética e à corrupção, e considera "muito preocupantes" as revelações da justiça americana.
O mesmo expressou a gigante belgo-brasileira da cerveja AB Inbev (Anheuser-Busch), outro importante patrocinador através de sua marca Budweiser, que indicou esperar que "todos os seus parceiros mantenham elevadas exigências em matéria de ética e operem de forma transparente".
Nenhum patrocinador oficial foi envolvido no escândalo, mas todos estão preocupados com o perigo de as revelações afetarem sua reputação e as vendas de seus produtos. As empresas estão particularmente preocupadas com as acusações relativas à escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar.
Cinco dos maiores patrocinadores -- Coca-Cola, Hyundai, Adidas, Sony e Visa -pediram uma investigação completa de todo o processo de atribuição da edição de 2022 da Copa.
Desde a semana passada, Coca-Cola e Visa vêm expressando preocupações sobre o tratamento de centenas de milhares de trabalhadores estrangeiros na construção dos estádios para o torneio, depois de organizações de direitos humanos e jornalistas relatarem condições de trabalho desumanas.
* ZH Esportes