Repórteres da Rádio Gaúcha se passaram por turistas para testar os principais serviços que serão oferecidos aos turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo em Porto Alegre. Veja as impressões de Julia Finamor sobre o atendimento no aeroporto Salgado Filho:
Quando recebi a pauta, logo imaginei que seria mais difícil encontrar alguém que falasse inglês em Porto Alegre, já que não estamos acostumados a receber turistas, e também o acesso à educação é algo tão difícil no nosso País, imagina em outra língua. Porém, a experiência foi muito prazerosa e surpreendente: descobri que podemos e devemos confiar mais nos nossos conterrâneos.
Uma coisa é certa: o brasileiro é carismático na hora de receber os turistas e , principalmente, faz de tudo para ajudar. Nessa hora, mesmo não sabendo uma palavra do idioma, vale mímica, escrita, dança e tudo que temos direito.
Foi assim logo que cheguei no aeroporto Salgado Filho. Fui em direção à Lancheria Popular. No local, pedi à atendente uma água e um sanduíche; ela não conseguiu entender, mas pediu ajuda e tentou ao máximo me auxiliar. Situação semelhante aconteceu com o segurança e um funcionário do aeroporto quando lhes perguntei onde encontrar um posto de informação.
Em seguida, era hora de pedir ajuda para chegar no meu possível hostel. No balcão de informações turísticas encontrei um jovem que arranhava o idioma, mas estava disposto a me ajudar. Com um mapa, ele me ensinou a chegar ao Centro, ao Beira-Rio e ao meu destino final.
O funcionário se atrapalhou um pouco na hora de me passar os valores e se eu fosse por ele, gastaria mais de R$ 60 até o Centro, no entanto, o mais importante é que houve comunicação, ele conseguiu me ajudar e foi muito atencioso. Demostrou alegria em falar com uma estrangeira.
No final, o momento mais surpreendente: encontrei em outro balcão de informações, um funcionário que falava inglês fluente. Me ensinou a chegar em todos os destinos, me aconselhou fazer o passeio com o ônibus turístico e falou muito bem de Porto Alegre. No final, me contou que era estudante de turismo.
A impressão que fica é que pelo menos no aeroporto estamos preparados para receber os milhares de estrangeiros que vão chegar pelo Salgado Filho, com um pouco de conhecimento e, principalmente, com muita solidariedade e alegria.
A reportagem solicitou para a Infraero o número de estrangeiros que entrariam na Capital pelo aeroporto Salgado Filho e o número de voos extras e se houve algum treinamento para os funcionários, mas a empresa não soube informar.