O Brasileirão 2013 chega ao fim com os árbitros do Rio Grande do Sul em destaque. Não tenho dúvida em dizer que a arbitragem mais valorizada do país no encerramento da competição é a gaúcha. A explicação é simples e passa por alguns fatos interessantes.
Dos 51 juízes que apitaram a Série A, o que mais trabalhou foi Leandro Vuaden (Fifa). Foram 21 partidas. Além dele, outros cinco árbitros gaúchos conduziram jogos da primeira divisão, um total de 59 confrontos.
Apenas o estado de São Paulo teve mais escalas totais. Somente um jogo de diferença. Os paulistas alcançaram 60 designações. Nesse aspecto, é válido salientar que as escalas foram diluídas entre 10 árbitros. Os que mais atuaram foram Paulo César de Oliveira (Fifa) e Wilson Seneme (Fifa), 11 duelos cada.
Se olharmos apenas numericamente, nesse aspecto, São Paulo levou vantagem com relação ao Rio Grande do Sul. São 60 jogos contra 59. Porém, as coisas precisam ser avaliadas de uma forma diferente, pois os gaúchos contam com apenas duas equipes na primeira divisão: Grêmio e Inter. Do outro lado, são cinco representantes (Santos, Corinthians, São Paulo, Portuguesa e Ponte Preta) e geralmente os confrontos entre equipes do mesmo estado são comandados por árbitros locais. Portanto, o apito paulista arranca com essa “vantagem” de algumas escalas garantidas.
Se analisarmos o Brasileirão de 2012, os juízes de São Paulo atuaram em 76 jogos. Foram 16 a mais do que nesta temporada. A queda é clara!
De outra parte, o Rio Grande do Sul, teve seus árbitros comandando 51 partidas no ano passado, oito a menos do que em 2013. Um avanço importante.
A queda mais significativa foi do Rio de Janeiro. Despencou de 51 para 37 designações na comparação da última com a atual edição da competição nacional. Nos bastidores, a explicação para isso envolve incompatibilidade política da Federação Carioca com a cúpula da CBF.
Se por um lado a arbitragem passa período de questionamentos e críticas de uma forma geral, por outro o apito do Rio Grande do Sul termina o ano muito fortalecido.
1º – São Paulo (60 escalas)
Paulo César de Oliveira – 11
Wilson Seneme – 11
Luiz Flávio de Oliveira – 10
Raphael Claus – 10
Guilherme Ceretta de Lima – 4
Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral – 4
Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza – 4
Flávio Rodrigues Guerra – 3
Leandro Bizzio Marinho – 2
Vinícius Furlan – 1
2º – Rio Grande do Sul (59 escalas)
Leandro Vuaden – 21
Márcio Chagas da Silva – 12
Anderson Daronco – 10
Jean Pierre Gonçalves Lima – 8
Fabrício Neves Corrêa – 7
Diego Almeida Real – 1
3º – Goiás (43 escalas)
André Luís de Freitas Castro – 18
Wilton Pereira Sampaio – 16
Elmo Alves Resende Cunha – 9
4º – Minas Gerais (40 escalas)
Ricardo Marques Ribeiro – 17
Alício Pena Júnior – 12
Émerson de Almeida Ferreira – 8
Cleisson Veloso Pereira – 3
5º – Rio de Janeiro (37 escalas)
Marcelo de Lima Henrique – 12
Péricles Bassols Cortez – 12
Wagner do Nascimento Magalhães – 5
Rodrigo Nunes de Sá – 5
Grazianni Maciel Rocha – 3
6º – Santa Catarina (35 escalas)
Héber Roberto Lopes – 16
Paulo Henrique de Godoy Bezerra – 15
Célio Amorim – 3
Ronan Marques da Rosa – 1
7º – Pernambuco (17 escalas)
Sandro Meira Ricci – 14
Nielson Nogueira Dias – 1
Cláudio Luciano Mercante Júnior – 1
Gilberto Rodrigues Castro Júnior – 1
8º – Paraná (15 escalas)
Felipe Gomes da Silva – 9
Edivaldo Elias da Silva – 5
Antônio Denival de Morais – 1
8º – Bahia (15 escalas)
Jaílson Macedo Freitas – 12
Arílson Bispo da Anunciação – 3
8º – Espírito Santo (15 escalas)
Pablo dos Santos Alves – 7
Marcos André Gomes da Penha – 8
11º – Alagoas (11 escalas)
Francisco Carlos do Nascimento – 11
12º – Pará (10 escalas)
Dewson Fernando Freitas da Silva – 10
12º – Mato Grosso (10 escalas)
Wagner Reway – 10
14º – Sergipe (5 escalas)
Cláudio Francisco Lima e Silva – 5
15º – Ceará (4 escalas)
Francisco de Assis Almeida Filho – 4
16º – Rio Grande do Norte (3 escalas)
Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro – 2
Ítalo Medeiros de Azevedo – 1
17º – Distrito Federal (1 escala)
Rodrigo Batista Raposo – 1