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A semana do Inter começa com duas sensações. A primeira é de que terá de fazer 100% de aproveitamento nos dois últimos jogos da fase de grupos do Gauchão. Só assim, possivelmente, terá chance de recuperar o primeiro lugar geral. A segunda é um misto de esperança e frustração. A frustração por não ter vencido um Gre-Nal no qual criou muito mais chances de gol do que o adversário. A esperança é que mostrou um futebol bastante superior ao do rival. A tudo isso, acrescente-se bastante reclamação contra a arbitragem.
A vitória do Juventude sobre o São José deixou a equipe de Caxias do Sul na liderança de pontos no quadro geral. Ser o primeiro é importante porque quase certamente evitará um duelo contra um oponente de Série A nas semifinais.
A não ser que outra combinação ocorra. Com 14 pontos, o Inter tem dois a mais do que o Caxias, vice-líder de sua chave. Como número de vitórias é o primeiro critério de desempate, a equipe da Serra pode até assumir a liderança caso somem três pontos em Bagé contra o Guarany e os colorados não vençam o São Luiz. Por enquanto, o cenário seria de Gre-Nal.
E Gre-Nal tem sempre um componente emocional que pesa. O de sábado, na Arena, por exemplo, foi assim. Um Inter que criou quatro vezes mais chances do que o Grêmio deixou a casa tricolor lamentando o 1 a 1. Roger Machado resumiu:
— Finalizamos muito, tivemos o controle tático e técnico da partida. Tivemos outras oportunidades, mas tem de definir. A justiça do futebol é quando empurra a bola para a rede. Estou mais satisfeito com o que a gente produziu, e menos com o resultado. Mostramos credenciais, contra um grande time, que estamos retomando gradativamente o caminho do bom futebol que nos levou a um belo final de ano em 2024.
Alan Patrick completou:
— Tivemos as melhores oportunidades. Gre-Nal é detalhe. Teve o pênalti (marcado contra), depois precisamos ver se foi justo ou não.
Pênalti e Roger. Dois temas que se destacaram no clássico. A penalidade foi marcada após consulta ao vídeo, em uma cobrança de falta. Wanderson, envolvido no lance, disse:
— Foi injusto, ele estava com os olhos em mim e na hora falei que estava com o braço colado. Foi o movimento que fiz, e ele mesmo me disse: "Cara, não foi pênalti". Depois, o VAR chamou. Fomos prejudicados.
Melhor em campo e autor do gol colorado, Fernando disse:
— Tivemos várias ocasiões, levamos o gol de pênalti, que foi duvidoso, aí consegui marcar o gol e saímos com o empate. O gostinho é amargo porque poderíamos sair com a vitória. É diferente quando joga contra um time grande, que divide jogo e não fica só atrás. Ficamos contentes porque podemos fazer bons jogos e conseguir nosso objetivo, o título.
Roger não precisa cumprir suspensão
A outra reclamação colorada é quanto à exclusão de Roger. Após um cartão amarelo não dado a João Pedro por uma falta forte, mas que teve vantagem de Wesley, o auxiliar Roberto Ribas reclamou com Rafael Klein, levou amarelo, seguiu a bronca e foi expulso. Na regra do Gauchão, o técnico tem de sair junto. O lance como um todo gerou indignação no Inter, mas a retirada do treinador estava prevista em regulamento já em edições anteriores do Estadual. Roger não precisa cumprir suspensão e pode comandar o time em Ijuí na quarta-feira.
A ausência será Bruno Henrique, que levou o terceiro amarelo. A tendência é de força máxima disponível nos dois próximos jogos, já que, entre o fim da primeira fase e o início dos mata-matas haverá uma semana de folga no calendário colorado.
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