Foram pouco mais de 270 minutos de bola rolando em jogos oficiais. Pouco, se comparado ao que vem por aí em 2025. Mas bastante considerando apenas o Gauchão. É praticamente metade da primeira fase. Nessas três partidas, o Inter de Roger Machado apresentou algumas virtudes e uns defeitos. Aspectos a aprimorar e outros a corrigir para a sequência já imediata do campeonato. Zero Hora levantou três pontos, dois positivos e um negativo.
Dar espaço a quem se destacou
O maior acerto de Roger nessas três primeiras rodadas foi repetir Victor Gabriel. Promessa do Sport que chegou para o time sub-20 colorado, o zagueiro entrou bem contra o Guarany de Bagé, na vaga de Clayton Sampaio, que estava lesionado. Marcou, inclusive, um gol no Estrela D'Alva. Seguiu ao lado de Vitão e teve boas atuações diante de Juventude e São José.
Aos 20 anos, o defensor tem aparecido bem nos combates e também na saída de bola. E não permitiu espaço para a concorrência. Nem Rogel nem Kaique Rocha tiveram oportunidades.
— Ele simplesmente repete o treino. Trabalha com muita seriedade. Não enxergo a idade como obstáculo — elogiou Roger.
Valorização do Gauchão
Evitar o octa do Grêmio e deixar o rival igualar uma das grandes marcas coloradas tem sido a tônica do Gauchão. O Inter não preservou titulares em nenhuma partida até agora. E Roger já sinalizou que a ideia é manter sempre uma equipe forte, mesmo em início de temporada e com jogos a cada três ou quatro dias. O resultado é a liderança do grupo, com sete pontos em nove disputados.
A valorização do Estadual tem ajudado a equipe a não perder o foco. O time precisa voltar a ser campeão, ao menos regionalmente, para quebrar uma escrita de oito anos sem erguer um troféu.
— Em função da fórmula do campeonato, escolhemos fazer assim a pré-temporada. O Gauchão é tiro curto, não tem muito tempo para recuperar pontos perdidos. Não pode entrar com um time alternativo, muito descaracterizado — explicou o treinador.
Movimentação ofensiva
Apesar dos sete pontos e de ter feito dois gols em todas as partidas, os resultados não refletiram exatamente o que se viu em campo. Nos três compromissos, o Inter abriu o placar com gols de pênalti. Teve muita dificuldade de romper defesas fechadas.
Contra Guarany de Bagé e Juventude, os gols foram no primeiro tempo. Diante do São José, nos instantes finais da segunda etapa. Apesar de parecer um problema, Roger manteve o discurso de início de temporada e de preparação para a sequência do ano:
— Não me preocupa a questão do ataque ou defesa. O jogo você pode matar no primeiro minuto ou no último.
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