
O Inter é finalista do Brasileirão Sub-20, e enfrenta o São Paulo no primeiro jogo da decisão, domingo (21), no Beira-Rio. A equipe, que tem o comando técnico dividido entre Leonardo Martins e João Miguel desde que Fábio Mathias deixou o clube, não deve contar com Matheus Cadorini. O centroavante ganha espaço como substituto direto de Yuri Alberto no time principal e é motivo de orgulho para os treinadores dele na base.
— A prioridade do projeto é colocar os atletas no profissional. Conquistar títulos é importante para formar jogadores vencedores e acostumados a momentos decisivos, temos que fazer os atletas viverem isso antes de chegar no profissional, pois o Inter é um clube grande. E o Cadorini é um deles, vai servir ao time principal, este é o momento. É o nosso maior sucesso, eles subirem e ficarem no time de cima, até porque libera espaço para testarmos outros na base — comentou João, em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, nesta quinta (18).
Do alto do seu 1m92cm, Cadorini acrescenta características que o Colorado não tinha no ataque desde a saída do uruguaio Abel Hernández, no início da temporada 2021. Ele deve ser novamente opção no banco para Diego Aguirre no jogo contra o Flamengo, no sábado, pela 34ª rodada do Brasileirão. O técnico do garoto no sub-20 elenca as qualidades que enxerga no novo atacante:
— Características boas para o futebol gaúcho. É centroavante de área, com boa estatura, e uma vantagem interessante no aspecto técnico também. É inteligente para ler o jogo, entende as informações rapidamente. Ainda chegou se adaptando ao clube, e tivemos que dar um tempo para avaliar o atleta sem se precipitar. Ele cresceu além da nossa expectativa — revelou o treinador.
Sobre o fato curioso de tomar decisões em conjunto com outro técnico, João Miguel afirma que essa deve ser uma tendência para o futebol nas próximas temporadas. Na visão dele, a integração entre os diferentes profissionais que compõe as comissões técnicas será cada vez maior, de modo a compartilhar as responsabilidades tanto no sucesso quanto no fracasso da equipe dentro das quatro linhas.
— O futebol está andando para uma maneira que desmistifica a figura do treinador como paternal, absoluto, que toma decisões sozinho. Temos um corpo de trabalho interdisciplinar na base e é importante que todos participem da formação dos atletas. Este é um dos fatores que tem nos colocado na evidência de estar em decisões nos últimos anos — opina o profissional.