
O modelo da saída de Miguel Ángel Ramírez é um detalhe, mas pode ganhar relevância por conta de uma nova regra implementada pela CBF para o Brasileirão a partir desta temporada: o limite na troca de treinadores.
Agora, um clube não pode demitir mais do que um técnico durante o campeonato. Se um segundo treinador for dispensado, o clube precisa efetivar alguém que já esteja registrado pelo clube junto à CBF — seja um auxiliar ou membro das categorias de base.
Mas a regra é maleável. Se o treinador é quem pede demissão, o ônus não será do clube — mas o profissional só poderá trabalhar por mais um time ao longo da competição. A limitação, no entanto, pode ser flexibilidade para os dois lados se houver um acordo para a saída.
Por isso, o Inter pode buscar uma saída de interesse mútuo com Ramírez — pelo menos de forma oficial, ainda que a iniciativa para a troca tenha sido da direção. A direção já definiu pela mudança, mas trata com o espanhol dos detalhes da troca, como a forma de pagamento da multa rescisória. E isso pode determinar o acordo para que o Inter não perca a flexibilidade de novas mudanças até o fim da temporada.