
Entre Gre-Nais, o Inter parte para o interior do Paraná a fim de seguir adiante na Copa do Brasil. Nessa quarta-feira, a equipe de Odair enfrentará o Cianorte, no Estádio Municipal Olímpico Albino Turbay, que, apesar do nome pomposo, tem capacidade para 2,3 mil torcedores. E estará lotado. Porque o time da casa não perde em seu terreno desde 24 de agosto de 2015 e tem uma desvantagem de 2 a 0 para reverter. No jogo de ida, no Beira-Rio, o Inter bateu o Cianorte com gols de Iago e Edenilson e, agora, pode perder até mesmo por diferença de um gol para seguir à quarta fase do torneio - cujo regulamento não prevê mais o gol qualificado fora de casa.
Além de invicto há 31 meses, o Cianorte terá o retorno de um de seus principais jogadores, o volante gaúcho Rafael Carrilho. O atleta de 23 anos não atuou no Beira-Rio porque havia sido expulso na partida contra o Criciúma que classificou os paranaenses na Copa do Brasil. Rafael marcou o gol de empate, que levou a decisão para os pênaltis, mas recebeu o cartão vermelho ainda nos 90 minutos. Nesta entrevista a GaúchaZH, Rafael Carrilho, que passou pelas categorias de base de Grêmio, Cruzeiro e Figueirense, e chegou a defender o São José-RS profissionalmente antes de assinar com o Cianorte em 2017, avisa: o Cianorte está pronto para levar a partida para a disputa de pênaltis.
Por que o fator casa é algo tão forte para o Cianorte?
É toda uma atmosfera que envolve o time. Estamos invictos em casa há alguns anos e queremos muito nos classificar. Contamos também com esta invencibilidade na nossa casa para seguir adiante. A nossa meta é buscar os dois gols para, pelo menos, levar a decisão da vaga para os pênaltis. Como ocorreu diante do Criciúma. A torcida é algo fundamental para nós, é o nosso 12º jogador. Nossa torcida nos apoia sempre e faz a diferença, em especial em partidas difíceis como será essa.
O Inter jogará em Cianorte em meio aos Gre-Nais. Que time vocês esperam receber na quarta-feira?
Ainda não sabemos que Inter virá a Cianorte. Uma decisão entre Gre-Nais é sempre complicada. Estamos prontos para tudo: para jogar contra o time titular, o reserva ou o misto. Independente de quem vier, vamos dar duro para ficar com essa vaga.
A folha do Cianorte é de cerca de R$ 200 mil ao mês. Somente a vaga para a quarta etapa da Copa do Brasil já garante ao clube R$ 1,8 milhão. Isso pesará também na partida contra o Inter?
A Copa do Brasil envolve muita coisa. Hoje, é a competição do país que dá mais dinheiro aos clubes. Para nós, jogadores, pesa muito também o fato de que se jogarmos de igual para igual contra uma grande equipe, todos nós estaremos valorizados. Queremos todos deixar a nossa marca pelos clubes nos quais passamos.
O Cianorte pretende esperar o jogo para sentir o Inter, dar aquela analisada antes, ou vai partir direto para o ataque, tentando reverter o 2 a 0?
Começaremos o jogo perdendo por 2 a 0 e, assim, não dá para perder tempo. Não dá para deixar o Inter se acostumar ao gramado, à atmosfera do jogo. Se isso ocorrer, será algo bem preocupante para nós. Vamos marcar firme no primeiro tempo e tentar pelo menos um gol. Estamos bem treinados e, como vem ocorrendo no Campeonato Paranaense, nos primeiros minutos a gente sempre abafa os adversários. No Paranaense, estamos tendo sucesso desta forma. Tomara que dê certo contra o Inter.